Ações da Embraer (EMBR3) podem cair 30% com tarifas de Trump, diz JPMorgan

Ações da Embraer podem cair até 30% com tarifa de 50% dos EUA, segundo o JPMorgan. Impacto pode reduzir lucro em mais de 40%.
ações da Embraer

Em meio às tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, as ações da Embraer (EMBR3) passaram a funcionar como um dos principais termômetros do impacto da política externa americana sobre empresas brasileiras. Segundo análise do banco JPMorgan, uma eventual aplicação da tarifa de 50% anunciada por Donald Trump pode derrubar o valor de mercado da fabricante de aeronaves em até 30%.

No relatório, os analistas explicam que os papéis da Embraer, negociados a R$ 74,30 na B3 e US$ 53,92 por ADR nos EUA, já precificam uma tarifa implícita de cerca de 20%. No entanto, se a alíquota for elevada para 50%, o impacto sobre os lucros da companhia será consideravelmente mais forte.

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Impacto direto no Ebit da Embraer

Segundo os cálculos do JPMorgan, o aumento da tarifa para 50% poderia gerar um impacto de aproximadamente US$ 338 milhões nos da companhia, o que representaria uma redução de cerca de 41% no Ebit anualizado. Esse corte significativo na rentabilidade justificaria uma reprecificação de até 30% nas ações da Embraer, para refletir o novo cenário de receitas mais pressionadas.


Queda já começou

Desde o dia 8 de julho, antes do anúncio oficial das tarifas, as ações da Embraer já recuaram 10%, bem acima da queda do Ibovespa, que no mesmo período cedeu apenas 2%. O movimento indica que o mercado vem reagindo negativamente ao risco crescente de um embate comercial entre os dois países.

O relatório também menciona que a deve continuar nas próximas semanas, à medida que a empresa se aproxima da divulgação de seus resultados do segundo trimestre, marcada para 5 de agosto, antes da abertura do mercado.


Ceticismo internacional x preocupação local

De acordo com uma interna do JPMorgan, internacionais estão céticos quanto à efetivação total das tarifas, com base em experiências anteriores com outros países, como México e Canadá. Nesses casos, as ameaças iniciais não se concretizaram em medidas extremas.

Por outro lado, investidores brasileiros demonstram maior preocupação, dada a escalada política e a defesa aberta de Trump ao ex-presidente Jair , além da reação firme do governo Lula com a possível aplicação da Lei da Reciprocidade.


Embraer em foco

A Embraer, terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, é altamente dependente do mercado norte-americano, o que a torna vulnerável a mudanças tarifárias. O setor de aviação já enfrenta desafios com margens apertadas, e a imposição de tarifas significativas pode comprometer contratos de e atrasar novas encomendas.

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