Por que as ações da Cosan (CSAN3) e Vibra (VBBR3) estão em queda nesta sexta (18)? Veja o motivo

As ações da Cosan e Vibra registram queda nesta sexta-feira (18) após rumores sobre uma possível venda da subsidiária Moove
ações da Cosan e Vibra

As da Cosan e Vibra operam em queda nesta sexta-feira (18) após rumores sobre a venda da Moove, subsidiária da Cosan (CSAN3) que atua no setor de lubrificantes automotivos e industriais. A informação foi divulgada pelo site Brazil Journal e provocou reações imediatas do mercado, apesar de ambas as companhias negarem, em fato relevante, que exista qualquer acordo formal.

De acordo com a publicação, as estariam em conversas para negociar a venda da Moove após o fundo CVC Capital Partners, detentor de 30% da companhia, demonstrar interesse em se desfazer de sua participação. A Cosan, que possui os 70% restantes, não teria intenção de perder o controle da subsidiária neste momento.

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A matéria repercutiu negativamente, sobretudo porque a notícia surge em meio a um cenário de reestruturação e controle de alavancagem por parte da Cosan, além da frustração gerada pela tentativa mal sucedida de IPO da Moove na bolsa de Nova York em 2024.

Reações do mercado e posicionamento das empresas

Apesar de negarem qualquer acordo concreto, os investidores reagiram aos rumores. Às 12h45, as ações da Vibra () recuavam 1,71%, cotadas a R$ 20,75, enquanto os papéis da Cosan (CSAN3) caíam 2,91%, negociados a R$ 6,01. No mesmo horário, o Ibovespa também registrava queda de 0,91%, aos 134.337,61 pontos.

Em comunicado, a Vibra Energia afirmou que a avaliação de oportunidades está dentro de sua estratégia de negócios. Já a Cosan reiterou que tem sido abordada por diversos agentes sobre seus ativos, mas que não há qualquer compromisso firmado com relação à Moove.

O que dizem os analistas sobre o possível negócio

Para o BBI, o rumor gera mais preocupações do que otimismo, especialmente com relação à Vibra. Os analistas avaliam que uma eventual aquisição poderia elevar a alavancagem da empresa, o que vai na contramão das expectativas do mercado, que espera uma postura mais conservadora, focada em desalavancagem e geração de caixa.

Contudo, o BBI ressalta que o impacto pode ser mitigado dependendo da precificação. Um valor de aquisição entre 6x a 7x o , faixa usada no IPO frustrado de 2024, poderia ser considerado razoável. Além disso, o banco recomenda que a planta da Moove que sofreu um incêndio seja excluída da negociação, considerando que os danos devem ser cobertos por seguradoras e que a Vibra possui capacidade ociosa para absorver a demanda sem adicionais.

A estimativa do banco é que a integração da Moove com a Vibra gere um Ebitda incremental de até R$ 400 milhões por ano, devido a sinergias logísticas e comerciais.

Já o Itaú BBA vê a possível transação como positiva para a Cosan, pois reforçaria sua estratégia de desalavancagem. Para a Vibra, embora a aquisição seja estratégica, há o risco de aumento da alavancagem para até 3,7x, o que poderia frustrar investidores em busca de previsibilidade e dividendos.

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