Prévia do 2T24
Melhorias em Celulose e Metais Básicos; Aço enfrenta desafios
O principal destaque do trimestre foi, sem dúvida, a elevação dos preços das commodities de metais básicos, que aumentaram aproximadamente 15% t/t (alta de 20-30% em relação às mínimas de 2024). No cenário macroeconômico, os mercados imobiliários chineses continuaram a mostrar sinais de fraqueza, enquanto a inflação nos EUA permaneceu desconfortavelmente alta, com a sua economia continuando a mostrar alguns sinais de crescimento moderado (ISM abaixo de 50 no período). Em nossa cobertura, os principais eventos a serem monitorados serão a extensão dos estímulos fornecidos pelos formuladores de políticas chineses durante o importante evento Terceiro Plenário (esperado para começar em 15 de julho) e se o FED poderá começar a cortar as taxas em setembro ou não (2 cortes no ano?).
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Mercados de commodities equilibrados, com pressão no cobre
Especificamente para o cobre, as restrições de fornecimento das minas intensificaram a pressão sobre os balanços de oferta e demanda, elevando ainda mais os preços, também impulsionando o alumínio (um substituto do cobre) para cima. A escassez de oferta das minas de cobre pode ser observada nos TC/RCs (taxas de tratamento e refino) cobradas pelas fundições, que atingiram mínimas de vários anos. Durante o trimestre, também observamos uma pressão no Comex, elevando os preços do cobre para quase US$ 5,20/lb, que foi rapidamente revertida. Embora o minério de ferro e o aço também estejam expostos a dinâmicas semelhantes, a percepção de menor demanda por aço da indústria de construção chinesa (principalmente imobiliária, que representa 1/4 da demanda) levou a uma deterioração dos balanços de oferta e demanda de curto prazo, com os preços recuando 5-10%.
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Celulose: Recuperação no curto prazo
Quanto à celulose, os preços continuaram em alta (aproximadamente 10% t/t), refletindo uma série de pequenos gargalos de fornecimento e demanda crescente na Europa (com estoques baixos em toda a cadeia de valor). A força da celulose nos últimos meses surpreendeu até os mais otimistas (estamos com um viés positivo), e esperamos que os próximos resultados reflitam essa força. No entanto, alguns sinais de alerta estão aparecendo (principalmente na China, com a revenda perto de US$ 100/t abaixo dos preços de tabela), o que indica que devemos ver uma retração na China avançando para o segundo semestre de 2024 (mas partindo de uma base muito alta!).
Destaques positivos do trimestre: Suzano, Klabin, CBA.
Destaques negativos do trimestre: Gerdau, Usiminas.