Em novembro, a inflação no Reino Unido registrou o menor patamar em mais de dois anos, com a taxa anual de aumento dos preços ao consumidor caindo de 4,6% em outubro para 3,9%. Essa redução foi influenciada, em parte, pela diminuição do preço da gasolina, atingindo seu valor mais baixo desde setembro de 2021, conforme relatado pelo Escritório de Estatísticas Nacionais. A leitura do índice de preços ao consumidor ficou abaixo das previsões dos economistas, que esperavam uma taxa de 4,4% em uma pesquisa da Reuters. As medidas do núcleo e de serviços, de interesse do banco central, também apresentaram queda.
Diante desse cenário, os investidores passaram a considerar como certa a redução da taxa de juros pelo Banco da Inglaterra até maio de 2024, e agora veem quase 50% de chance de uma redução até março. A inflação no Reino Unido, igualando-se à da França, deixa de ser uma exceção internacional. No entanto, apesar do recente arrefecimento, o aumento de quase 21% nos preços ao consumidor desde 2020 ainda é superior ao de qualquer outra economia avançada do G7.
Inflação dos preços das lojas no Reino Unido cai para 4,3%
O pico da inflação em outubro de 2022, atingindo 11,1%, foi impulsionado pelo aumento nos preços de energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia, agravando os gargalos existentes que já elevavam os preços após a pandemia da Covid-19. Embora as autoridades do Banco da Inglaterra expressem cautela quanto à interpretação dos sinais recentes de arrefecimento da inflação, os economistas acreditam que os números mais recentes podem levar a uma revisão, indicando evidências de crescentes pressões desinflacionárias no Reino Unido.