Em dezembro, houve uma inesperada deterioração no sentimento das empresas alemãs, conforme relatado pelo instituto Ifo. Sua pesquisa mais recente indicou uma queda tanto nas expectativas quanto nas condições atuais. O índice de clima empresarial do Ifo ficou em 86,4, abaixo dos 87,8 projetados por analistas em uma pesquisa da Reuters. O presidente do Ifo, Clemens Fuest, observou que, à medida que o ano chega ao fim, a economia alemã permanece fraca.
Na semana anterior, o instituto Ifo revisou para baixo suas previsões de crescimento para a economia alemã em 2024, agora estimando um aumento de 0,9% em vez de 1,4%. Carsten Brzeski, chefe global de macro do ING, destacou que os desafios fiscais do último mês deixaram uma clara marca na economia alemã. Ele apontou que o indicador principal do país reflete a dificuldade que a economia enfrentará para se recuperar.
O governo alemão teve que implementar cortes de gastos para cobrir um déficit de 17 bilhões de euros (US$ 18,32 bilhões) em seu orçamento para 2024. Essa medida foi necessária após uma decisão do tribunal constitucional relacionada aos fundos de emergência não utilizados para a pandemia, resultando em um déficit adicional de 60 bilhões de euros nas finanças do governo.