A ex-presidente Dilma Rousseff, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), foi designada como “Mulher Economista 2023” pelo sistema Cofecon/Corecons, composto pelo Conselho Federal de Economia e pelos Conselhos Regionais de Economia. Em comunicado, o Cofecon enfatizou que a ex-líder do Executivo é uma “destacada economista” e foi selecionada devido à sua substancial contribuição para o desenvolvimento econômico e social do país ao longo de sua trajetória profissional.
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Atualmente, Dilma ocupa a posição de presidente do NDB (New Development Bank), o Banco do Brics. Seu mandato como presidente foi marcado por uma notável retração econômica e pelas acusações de “pedaladas fiscais”, culminando no impeachment em 2016.
O processo de seleção de Dilma envolveu quatro fases, incluindo a indicação de concorrentes pelos conselheiros federais, Conselhos Regionais de Economia e pela Comissão Mulher Economista e Diversidade da entidade. Após uma votação secreta, o nome de Dilma foi escolhido pelo plenário do Cofecon a partir de uma lista tríplice elaborada pelos Corecons.
Embora a data para a entrega da honraria ainda não esteja definida, o Cofecon afirmou que ocorrerá em 2024. Segundo a nota oficial, a premiação não apenas reconhece o mérito da economista, mas também destaca a importância de valorizar mulheres que desempenham papéis relevantes na promoção do desenvolvimento com responsabilidade social.
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A escolha de Dilma Rousseff como “Mulher Economista de 2023” é considerada um reconhecimento de seu legado e expertise no campo econômico, assim como seu papel crucial na formulação e implementação de políticas que moldaram a trajetória econômica do Brasil.
Ao deixar a Presidência, Dilma enfrentava desafios econômicos, incluindo o controle de preços administrados e políticas consideradas intervencionistas por investidores. Seu governo registrou resultados negativos no Produto Interno Bruto (PIB), com uma retração de 3,8% no primeiro ano de seu segundo mandato e uma persistente queda econômica de 4,4% até agosto de 2016, quando ela deixou o cargo.
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As acusações de “pedaladas fiscais” foram fundamentais no processo de impeachment, com a então presidente sendo cassada por violar a Lei de Responsabilidade Fiscal. As acusações incluíram a edição de decretos para abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional e o atraso intencional no repasse de dinheiro para bancos e autarquias, com o propósito de artificialmente melhorar as contas federais, prática conhecida como “pedalada fiscal”.