O Banco do Japão (BOJ) anunciou que o Japão experimentou uma desaceleração mais acentuada do que o previsto nos ganhos de preços de produtores para o mês de outubro, atingindo o nível mais baixo em dois anos e sustentando a visão de que as pressões inflacionárias podem estar diminuindo. O aumento ano a ano nos preços de insumos para empresas japonesas foi modesto, alcançando 0,8%, abaixo da expectativa de 0,9%, representando o crescimento mais lento desde março de 2021. Em uma base mensal, os preços dos produtores caíram 0,4%.
Essa desaceleração nos preços de produtores contrasta com o aumento de 2,8% nos preços ao consumidor essenciais observado em setembro, sugerindo que a inflação para materiais não está acompanhando a medida principal de inflação do banco central pelo segundo mês consecutivo. O BOJ está programado para divulgar dados de inflação do consumidor para outubro em 24 de novembro.
A queda nos preços de produtores reflete a avaliação do BOJ de que as tendências inflacionárias estão se moderando, exigindo uma observação cuidadosa para ver se esse alívio continua. O relatório destacou diminuições notáveis nos custos de madeira e utilidades em relação ao ano passado. No entanto, a recente desvalorização do iene, que ultrapassou a marca de 150 em relação ao dólar, pode resultar em aumento nos custos de importação, um desenvolvimento que o BOJ precisará monitorar de perto.
O fato de os ganhos nos preços de insumos não atenderem à meta de 2% do BOJ indica que a inflação impulsionada por custos sozinha pode não ser suficiente para manter a inflação acima desse referencial.