No terceiro trimestre de 2023, o Itaú (ITUB4) divulgou um lucro líquido recorrente gerencial de R$ 9 bilhões, apresentando um aumento de 11,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse valor superou a expectativa do mercado, que estimava R$ 8,9 bilhões, de acordo com a Bloomberg.
O lucro líquido contábil acumulado nos nove meses de 2023 alcançou R$ 24,19 bilhões, marcando um novo recorde histórico em valores nominais para um banco de capital aberto. O Itaú atribuiu o aumento do lucro ao crescimento da margem financeira com clientes, impulsionado pela ampliação da carteira de crédito, e ao aumento das receitas de serviços e seguros.
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O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE), um indicador de interesse para analistas, atingiu 21,1%.
O banco ressaltou que seus resultados refletem mudanças na cultura e na abordagem de trabalho. O índice de satisfação dos colaboradores (e-NPS) atingiu sua pontuação máxima histórica.
No que diz respeito à carteira de crédito, o total cresceu 4,7% e encerrou o terceiro trimestre em R$ 1,6 bilhão. O destaque foi para os aumentos de:
- 17,9% no crédito pessoal;
- 12,1% no crédito imobiliário, resultado de melhorias na experiência do cliente nesse mercado;
- 3,1% em financiamentos de veículos.
O custo do crédito totalizou R$ 9,263 bilhões no terceiro trimestre de 2023, refletindo um aumento de 15,9% atribuído principalmente à maior despesa com provisões para créditos de liquidação duvidosa no Brasil.
Houve um aumento nas despesas não relacionadas a juros, atingindo R$ 14,742 bilhões, com um crescimento de 5,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, superando a inflação acumulada de 5,2%.
O índice de eficiência do banco nos últimos 12 meses foi de 40,2%, apresentando uma redução de 1,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior, marcando o menor valor na série histórica.
Apesar disso, o índice de eficiência dos nove meses atingiu 39,8%, o que foi considerado o melhor nível da história do Itaú Unibanco pelo CFO Alexsandro Broedel.
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O índice de inadimplência de 90 dias aumentou para 3%, com destaque para o segmento de micro, pequenas e médias empresas, que apresentou um aumento principalmente em empresas de menor faturamento. Por outro lado, houve redução nos índices de inadimplência entre 15 e 90 dias, fechando o trimestre em 2,3%.
A venda das operações do Itaú na Argentina impactou o resultado, gerando um impacto negativo de R$ 1,212 bilhões. O banco recebeu do banco Macro o valor de US$ 50 milhões pela conclusão do acordo.
O Itaú reajustou suas projeções anuais para refletir a venda das operações na Argentina e manteve as projeções anteriores, excluindo os impactos dessa operação da análise de resultados.
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