Os indicadores econômicos dos Estados Unidos e da Zona do Euro revelaram caminhos divergentes em outubro, trazendo preocupações sobre a possibilidade de a Zona do Euro entrar em recessão. Nos Estados Unidos, o setor manufatureiro saiu de uma contração de cinco meses, impulsionado por novos pedidos, enquanto a atividade de serviços acelerou moderadamente. A S&P Global divulgou seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar dos EUA, que rastreia tanto o setor manufatureiro quanto o de serviços, e mostrou um aumento para 51,0 em outubro, um ponto acima do nível 50 que separa a expansão da contração, em comparação com a leitura final de setembro de 50,2. Esse é o nível mais alto desde julho, indicando a resiliência da economia dos EUA diante do aumento das taxas de juros.
Enquanto isso, na Zona do Euro, a atividade de negócios caiu devido a uma queda na demanda em toda a região, levantando preocupações de uma possível recessão. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar da Zona do Euro, compilado pela S&P Global, caiu para 46,5 em outubro, o mais baixo desde novembro de 2020 e bem abaixo do nível 50, surpreendendo as expectativas. Isso representa um desafio para o Banco Central Europeu (BCE) e sua política de taxas de juros.
Na Alemanha, a maior economia da Europa, a atividade de negócios contraiu pelo quarto mês consecutivo, com queda na manufatura e nos serviços. Na França, a segunda maior economia da Zona do Euro, a atividade de negócios permaneceu em território de contração em outubro.
No Reino Unido, fora da União Europeia, as empresas também relataram uma nova queda na atividade, aumentando o risco de recessão antes da decisão do Banco da Inglaterra sobre as taxas de juros na próxima semana.
Nos EUA, o setor de serviços surpreendeu as previsões, mantendo uma alta em outubro, com seu PMI atingindo 50,9, o mais alto em três meses. Os custos no setor de serviços tiveram o menor aumento em três anos, enquanto os preços aumentaram apenas modestamente. A pesquisa sugere que a inflação está diminuindo, aproximando-se da meta de 2% do Federal Reserve.
Enquanto a inflação diminui nos EUA, a Zona do Euro está enfrentando desafios econômicos significativos, e os riscos geopolíticos, como o conflito em Gaza e a invasão da Rússia na Ucrânia, continuam a pesar sobre a economia mundial. O Banco Mundial alertou que essas tensões representam riscos para o crescimento econômico e a inflação.