A economia do México cresceu 0,8% no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores, segundo dados da agência nacional de estatísticas INEGI divulgados na terça-feira, ligeiramente abaixo de sua estimativa preliminar e levando analistas a alertarem para um desaquecimento.
O INEGI estimou no mês passado que o produto interno bruto (PIB) aumentou 0,9% no período de abril a junho. Analistas consultados pela Refinitiv esperavam que os dados finais mostrassem a economia expandindo 1,0% no trimestre.
Uma análise dos dados do PIB mostrou que o importante setor terciário ou de serviços cresceu 0,7%, abaixo da estimativa inicial de 1%.
As atividades primárias, como agricultura, pesca e mineração, aumentaram 0,7% no trimestre, abaixo dos dados preliminares em uma décima de ponto percentual.
As atividades secundárias, que abrangem a manufatura, cresceram 1,2%, superando a estimativa preliminar de 0,8%, e apontando para uma forte demanda da construção.
O Pantheon Macroeconomics disse que o trimestre como um todo contribuiu para um “sólido” primeiro semestre do ano, com o primeiro trimestre tendo registrado um ganho revisado para baixo de 0,8%. No entanto, alertou que uma queda no momentum era provável.
“Fundamentos robustos, incluindo um mercado de trabalho resiliente e inflação em queda, estão compensando o impacto das condições financeiras mais apertadas”, disse Andres Abadia, o economista-chefe da América Latina do Pantheon, em um comunicado.
No entanto, ele acrescentou que “as condições financeiras mais apertadas e a fraqueza de setores-chave … são agora um claro obstáculo”, apontando também para o impacto das “condições globais” e das taxas de juros.
O banco central mexicano manteve as taxas de juros inalteradas novamente este mês pela terceira vez, com cortes não previstos pela maioria dos analistas até o final deste ano.
A economia mexicana cresceu 3,6% no segundo trimestre em base anual, ligeiramente abaixo da estimativa preliminar de 3,7%.