O calor no tênis tem sido motivo de preocupação em Shanghai e Wuhan, com nomes como Swiatek, Rune e Djokovic relatando exaustão, cãibras e risco à saúde. Em dias com até 34°C e humidade elevada, cresce o debate sobre adoção de regras de calor e protocolos médicos mais rigorosos para proteger os atletas.
Jogadores sofrem com temperaturas até 34°C e humidade de 80% em Shanghai e Wuhan
O calor no tênis em Shanghai e Wuhan chegou a 34°C com humidade perto de 80%. Jogadores relataram cãibras, tontura e exaustão em quadra.
Casos e relatos
Holger Rune foi atendido com toalha de gelo e medição de pressão arterial após sentir-se mal. Ele perguntou se alguém queria ver um jogador morrer em quadra. Novak Djokovic descreveu as condições como “brutais” em sua partida. Iga Swiatek venceu 6-1, 6-1 e disse que teve sorte de não jogar nos piores dias. Emma Raducanu se retirou em Wuhan por tontura. Jelena Ostapenko relatou ter sofrido um golpe de calor. Jannik Sinner teve cãibras e dificuldade para andar. Giovanni Mpetshi Perricard disse que parecia que ia morrer na quadra.
Sinais e sintomas
A exaustão pelo calor causa respiração ofegante, cãibras, tontura e náusea. Se não for tratada, pode virar golpe de calor, que é uma emergência médica. O golpe de calor pode levar à perda de consciência e exigir atendimento imediato.
Como o calor afeta o corpo
O calor faz os vasos sanguíneos dilatarem e a pressão cair. O coração precisa trabalhar mais para bombear sangue. Suar demais leva à perda de líquidos e sais. Esse desequilíbrio causa fraqueza e cãibras.
Por que isso acontece no fim da temporada
A turnê segue o sol para evitar chuvas na Europa e EUA em outubro. A série asiática exige muitos campos ao ar livre. Poucos locais cobertos conseguem receber grandes torneios. Por isso, os eventos vão acontecer ao ar livre mesmo com calor e humidade.
Impacto nas partidas e no calendário
Em Wuhan houve paralisação de jogos em quadras externas e o teto foi fechado na principal. Vários jogadores se retiraram por mal-estar. A discussão sobre regras de calor ganhou força depois desses episódios. A WTA tem pausas oficiais em certos níveis de índice de calor. No ATP, a suspensão fica a cargo do supervisor local, com menos medidas automáticas.
Medidas e propostas
Entre as soluções estão pausas de 10 minutos, fechamento de tetos e agendamento de partidas mais tarde. Também há propostas de zonas de resfriamento e checagens médicas mais frequentes. Jogadores e especialistas pedem uma regra oficial unificada para proteger a saúde.
Protocolos claros podem reduzir riscos imediatos e preservar a integridade dos atletas. Monitorar temperatura, humidade e índice de estresse térmico ajuda a tomar decisões mais seguras.
Regras de calor: diferenças entre ATP e WTA e debate sobre implementação de medidas de segurança
O calor no tênis tem levado a decisões distintas entre ATP e WTA. As regras variam e isso aumenta o debate sobre a segurança dos atletas.
Regras da WTA
A WTA oferece uma pausa de 10 minutos quando o índice de estresse térmico alcança um limite. O índice combina temperatura, humidade e vento para medir o risco.
Essa pausa permite que as jogadoras se hidratem e se resfriem. Em alguns casos, fecham o teto nas quadras principais para reduzir a exposição ao sol.
Regras do ATP
No ATP, a suspensão do jogo fica a critério do supervisor local e das equipes médicas. Não há uma pausa automática de 10 minutos antes do set decisivo.
Essa flexibilidade pode acelerar o calendário, mas preocupa jogadores e treinadores. Muitos pedem medidas padronizadas para proteger a saúde.
Diferenças e impacto
A principal diferença é a ação automática da WTA e a discricionariedade do ATP. Essa divergência cria incerteza para atletas e organizadores.
Jogadores relatam cãibras, tontura e exaustão em condições extremas. Esses sintomas mostram por que regras claras são importantes.
Propostas em discussão
Entre as propostas estão pausas de 10 minutos, tetos fecháveis e jogos agendados mais tarde. Também falam em zonas de resfriamento e checagens médicas frequentes.
Uma regra unificada poderia reduzir riscos e dar previsibilidade ao calendário. Especialistas e atletas seguem debatendo a melhor forma de proteção.