Ibovespa cai mais de 1,5 % nesta terça-feira (7), veja os motivos

O Ibovespa cai mais de 1,5% nesta terça-feira (7) ao 141.449 pontos, com volume de R$ 13,7 bilhões e queda generalizada entre ações de bancos
Ibovespa

O Ibovespa encerra esta terça-feira (7) em queda de 1,49%, aos 141.449 pontos, em meio a um ambiente de maior aversão ao risco. A baixa foi puxada principalmente pelas ações dos bancos e pelo aumento da preocupação com a política fiscal do governo.
O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 13,7 bilhões.

A desvalorização do principal índice da Bolsa de Valores (B3) ocorre após a repercussão da Medida Provisória (MP) 1.136, que criar uma alternativa ao (Imposto sobre Operações Financeiras) para compensar perdas de arrecadação. O texto, segundo analistas, eleva a percepção de risco fiscal e penaliza mais expostas à economia doméstica.

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Setor bancário e commodities pressionam o índice

Entre os destaques negativos do dia estão os grandes bancos. As ações do Bradesco (BBDC4) recuaram 2,31%, enquanto o Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 1,71% e o Banco do Brasil () perdeu 1,12%.
Segundo operadores, as instituições financeiras têm sido diretamente afetadas pela percepção de que novas medidas tributárias podem comprometer seus lucros e aumentar a carga sobre o setor.

Entre as blue chips, as ações da Petrobras (PETR4) também registraram leve queda, de 0,83%, acompanhando o recuo dos preços internacionais do petróleo, que voltaram a operar abaixo dos US$ 80 por barril.
Já os papéis da (VALE3) tiveram retração de 0,55%, influenciados pela nova queda do minério de ferro na China.


Ações domésticas e varejistas sofrem

As empresas mais ligadas à economia interna também sentiram o impacto da piora no sentimento do mercado.
A MRV (MRVE3) liderou as perdas do pregão, com baixa de 3,98%, seguida pela Direcional (DIRR3), que caiu 2,96%, e pela Lojas Renner (LREN3), que recuou 4,45%.
O setor imobiliário foi um dos mais afetados pela combinação de juros ainda elevados e incerteza sobre o quadro fiscal.

De acordo com analistas da BTG Pactual, o texto da nova MP ainda causa dúvidas sobre seu impacto efetivo nas contas públicas.
“O risco fiscal está pesando na precificação dos ativos locais. O investidor prefere reduzir exposição até que haja mais clareza sobre o formato final da medida”, explicou a instituição em nota.


Incerteza política e fiscal aumentam pressão

No campo político, o mercado segue atento à tramitação da MP no Congresso Nacional.
De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, o texto pode sofrer ajustes no Senado, o que adiciona mais volatilidade e incerteza às projeções fiscais.
A leitura predominante é de que o governo busca alternativas para compensar a arrecadação sem aumentar o IOF, mas o formato atual eleva a desconfiança dos .

Em paralelo, as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a necessidade de manter o equilíbrio fiscal foram interpretadas como uma tentativa de conter a reação negativa do mercado, mas não foram suficientes para reverter o movimento de queda.


Cenário internacional também pesa

Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou em leve baixa de 0,41%, enquanto o caiu 0,46% e o Nasdaq recuou 0,67%, refletindo o temor de que o (Fed) possa demorar mais para iniciar o ciclo de corte de juros.
Esse ambiente de maior aversão ao risco global afeta principalmente mercados emergentes, como o Brasil.

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