Novo imposto federal deve gerar R$ 3,5 bilhões em 2026

O novo imposto federal deve gerar R$ 3,5 bilhões em 2026, com foco em multinacionais. Entenda como funciona o adicional da CSLL e seu impacto nas empresas.
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O governo federal anunciou que a criação de um novo federal deve gerar arrecadação superior a R$ 3 bilhões já em 2026, com projeção de mais de R$ 7 bilhões em 2027. O alvo principal são grandes grupos multinacionais que operam no e possuem receita global acima de € 750 milhões por ano.

A cobrança será feita por meio do adicional da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), previsto na Lei 15.079/2024 e detalhado na 1.262, de outubro do mesmo ano. Essa medida coloca o Brasil em sintonia com as regras internacionais da OCDE, que buscam impedir que multinacionais transfiram seus lucros para países com tributação reduzida.

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Como funcionará o novo imposto

De acordo com o Ministério da Fazenda, sempre que a tributação efetiva da empresa em território brasileiro ficar abaixo de 15% do lucro, será aplicada a diferença via adicional da CSLL. Estima-se que o impacto atinja cerca de 300 grupos multinacionais, dos quais 20 são brasileiras de grande porte.

O cálculo oficial enviado ao Congresso junto ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 prevê arrecadação de R$ 3,5 bilhões em 2026 e mais de R$ 7 bilhões em 2027. Entre 2026 e 2028, a projeta uma arrecadação acumulada próxima de R$ 20 bilhões.


Impactos sobre as empresas

Na prática, o imposto federal busca garantir que multinacionais não paguem menos que a alíquota mínima globalmente pactuada. Caso o Brasil não aplique esse adicional, outros países em que o grupo opere poderão cobrar a diferença.

Empresas de setores como energia, , comércio eletrônico, finanças e indústria estão entre as mais impactadas, devido à relevância internacional de suas operações.

Para o governo, a medida fortalece o equilíbrio fiscal, amplia a base de arrecadação e reduz a chamada erosão da base tributária, prática em que empresas transferem artificialmente lucros para países de baixa tributação.


Contexto internacional e desafios

O imposto nasce dentro do acordo global firmado em 2021 pela OCDE. A iniciativa busca criar um piso mínimo de tributação para empresas internacionais, reduzindo práticas de planejamento fiscal agressivo.

Entretanto, há divergências. Nos , o presidente Donald Trump já manifestou contrariedade ao modelo, classificando-o como uma ameaça à competitividade americana. Mesmo assim, o Tesouro norte-americano segue formalmente vinculado ao acordo, já que não há mecanismo oficial de retirada.


Próximos passos

O ainda debaterá ajustes no texto enviado pelo governo. A expectativa é que o tema seja tratado em regime de urgência, dado o impacto direto no orçamento de 2026 e no cumprimento da meta fiscal.

Para os analistas de mercado, o desafio está em equilibrar a necessidade de receita do governo com a competitividade das empresas brasileiras e multinacionais aqui instaladas. Apesar da resistência de alguns setores, o novo imposto federal é visto como um passo importante para alinhar o Brasil às práticas globais de tributação e ampliar sua credibilidade no cenário internacional.

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