Milei propõe adotar ‘tolerância zero’ na Argentina e reduzir maioridade penal para 13 anos

Milei lança projeto de'tolerância zero' na Argentina, que reduz maioridade penal para 13 anos e endurece penas.
'tolerância zero' na Argentina

O presidente da , , apresentou nesta quinta-feira (2) um projeto de reforma do Código Penal que adota a de “tolerância zero na Argentina”. A proposta, considerada uma das mais duras já enviadas ao Congresso, prevê o endurecimento das penas, a redução da maioridade penal de 16 para 13 anos e a aceleração de processos judiciais.

A cerimônia de apresentação ocorreu no complexo penitenciário de Ezeiza, em Buenos Aires, com forte simbolismo eleitoral. Isso porque a medida chega às vésperas das legislativas de meio de mandato, marcadas para 26 de outubro, em que Milei busca ampliar sua base parlamentar, hoje minoritária.

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Principais mudanças propostas

Entre as alterações sugeridas no projeto de tolerância zero na Argentina, estão:

  • Roubo: pena mínima passa de 1 mês para 1 ano, e máxima de 2 para 3 anos; se houver uso de força, vai de 6 a 8 anos.

  • Homicídio simples: penas ampliadas para 10 a 30 anos (contra 8 a 25 anos hoje).

  • Pornografia infantil: posse com fins de distribuição poderá levar a até 12 anos de prisão, frente aos atuais 2 anos.

  • Agressões em manifestações: pena pode chegar a 5 anos, e até 9 anos se a vítima for policial ou militar.

  • Menores: maioridade penal cairia de 16 para 13 anos.

  • Imperscritibilidade: crimes graves como homicídio, tráfico de pessoas e delitos sexuais deixariam de prescrever.


Obstáculos no Congresso

Milei afirmou que “a ordem é pré-condição para a tolerância zero. Aqui se faz, aqui se paga”, mas ressaltou que a aprovação depende do Congresso. O desafio é significativo: no mesmo dia em que apresentou o pacote, o Parlamento reverteu dois vetos presidenciais, mantendo leis que ampliam recursos para universidades e hospitais pediátricos — um sinal de resistência ao .

Com a tolerância zero na Argentina, Milei aposta em um discurso de lei e ordem para mobilizar eleitores. Ainda assim, o cenário político adverso e a rejeição de parte da sociedade podem tornar a aprovação do projeto uma disputa central nos próximos meses.

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