As ações da Netflix (NFLX) registraram queda nesta quarta-feira (1º), em meio a uma polêmica levantada por Elon Musk, CEO da Tesla e dono da rede social X. O bilionário anunciou publicamente que cancelou sua assinatura da plataforma e incentivou seus mais de 226 milhões de seguidores a fazerem o mesmo, alegando que a empresa estaria promovendo uma “agenda trans” em produções voltadas ao público infantil.
Por volta das 13h (horário de Brasília), os papéis da companhia caíam 2,46%, cotados a US$ 1.168, após abrirem em queda no pré-mercado.
Musk ataca série animada da Netflix
A mensagem publicada pelo bilionário fazia referência à animação Dead End: Paranormal Park. Musk afirmou que o conteúdo apresentaria uma “ideologia trans” às crianças e classificou sua decisão como uma forma de proteger os jovens.
“Cancele a Netflix pela saúde dos seus filhos”, escreveu Musk em seu perfil. A publicação rapidamente ganhou repercussão e foi amplamente compartilhada por grupos conservadores.
Polêmica com criador da série
Além das críticas, internautas divulgaram supostas capturas de tela atribuídas a Hamish Steele, criador da animação, em que ele criticaria o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, por se posicionar contra o assassinato do ativista de direita Charlie Kirk. Contudo, não há confirmação da autenticidade das imagens, já que Steele mantém sua conta na rede X privada.
Pressão de mercado
Apesar do impacto imediato das declarações de Musk, analistas lembram que a queda também reflete o momento delicado de Wall Street, que enfrenta instabilidade diante do risco de paralisação do governo norte-americano.
Ainda assim, no acumulado desde maio, os papéis da Netflix seguem em terreno positivo, com alta de 27%, segundo levantamento da Barron’s.
O episódio mostra como figuras públicas influentes podem afetar temporariamente os ativos de grandes empresas, sobretudo em setores sensíveis ao debate cultural, como o do streaming.