A Toyota anunciou nesta semana que quase 6 mil trabalhadores no Brasil serão impactados por medidas emergenciais de férias coletivas e lay-off. A decisão foi tomada após um forte temporal, registrado em 22 de setembro, que danificou gravemente a fábrica da montadora em Porto Feliz (SP). A unidade é responsável pela produção de motores e seu fechamento comprometeu o fornecimento para as linhas de montagem em Sorocaba e Indaiatuba.
Segundo a companhia, 5,7 mil empregados entrarão em férias coletivas entre 1º e 20 de outubro. Em seguida, a partir do dia 21, começará a fase de lay-off, com duração estimada entre 60 e 150 dias. Durante este período, funcionários com salários de até R$ 10 mil continuarão recebendo integralmente, enquanto os demais terão pagamento escalonado.
Impactos para a produção e trabalhadores da Toyota
Mesmo com a paralisação, a Toyota assegurou que benefícios como plano de saúde, vale-alimentação e participação nos lucros seguem garantidos aos trabalhadores. No entanto, o impacto da interrupção em Porto Feliz é direto na produção de modelos como o Corolla e o Yaris Cross, que dependem do fornecimento de motores para montagem em outras plantas brasileiras.
A decisão sobre o lay-off foi encaminhada aos sindicatos das três unidades nacionais, com votação prevista para segunda-feira, 29. Durante o período de suspensão, os trabalhadores deverão participar do programa bolsa-qualificação, oferecido em cursos presenciais e on-line.
Com o episódio, a Toyota reforça que sua prioridade é a segurança dos colaboradores e a recuperação da fábrica danificada. Ainda não há prazo definido para a retomada plena das operações em Porto Feliz.