A B3 recebeu nesta sexta-feira (19) um novo fundo de índice que promete chamar a atenção dos investidores interessados em renda passiva: o ETF Utilities Brasil (UTLL11). O produto, gerido pela Invesco, replica o índice UTIL, formado por 21 empresas de utilidade pública, principalmente do setor elétrico e de saneamento, conhecidas pelo histórico de pagamento de dividendos consistentes.
Na estreia, as cotas do UTLL11 eram negociadas a R$ 101,96, segundo apuração do portal Investidor10. O fundo tem patrimônio líquido inicial de R$ 3 milhões e cobra taxa de administração anual de 0,50%.
O que é o índice UTIL e como ele funciona
O índice UTIL reflete o desempenho das empresas de utilidade pública listadas na Bolsa, um segmento caracterizado por forte regulação estatal. A carteira teórica reúne companhias de energia elétrica, água, saneamento e gás.
Segundo cálculos do Investidor10, se um investidor tivesse aplicado R$ 1 mil no índice UTIL há 10 anos, o valor acumulado hoje seria de R$ 6.247,40, considerando o reinvestimento dos dividendos. No mesmo período, o Ibovespa teria rendido R$ 3.198,00.
Esse histórico ajuda a explicar a atratividade do UTLL11, já que traz para dentro de um ETF a performance de empresas ligadas a setores considerados mais resilientes.
Principais empresas dentro do UTLL11
Entre os maiores pesos do ETF de dividendos mensais UTLL11 estão companhias relevantes do setor de utilities:
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Sabesp (SBSP3) – 20,34%
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Eletrobras (ELET3) – 17,95%
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Equatorial (EQTL3) – 12,06%
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Cemig (CMIG4) – 5,58%
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Copel (CPLE6) – 5,51%
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Energisa (ENGI11) – 4,29%
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Engie Brasil (EGIE3) – 2,75%
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Taesa (TAEE11) – 2,02%
A composição mostra que o fundo concentra sua estratégia em empresas ligadas ao fornecimento de energia elétrica e serviços básicos, reforçando a tese de previsibilidade de caixa e dividendos.
Perspectivas e riscos para o UTLL11
O lançamento do UTLL11 acontece em meio ao crescente interesse do investidor brasileiro por ETFs de dividendos mensais, que permitem previsibilidade de renda e diversificação em um único ativo listado.
No entanto, especialistas lembram que a concentração em utilities pode trazer riscos específicos, como alterações regulatórias, mudanças tarifárias e impactos do cenário macroeconômico no consumo de energia. Ainda assim, o histórico de resiliência do setor tende a manter o interesse no produto.
Aviso ao investidor
Este texto tem caráter estritamente informativo e não constitui recomendação de compra ou venda de ativos financeiros.