Reag (REAG3) confirma compra de R$ 1,2 bi em CDBs do Banco Master

Reag confirma compra de CDBs do Banco Master por fundo investigado na Operação Carbono Oculto. Saiba os detalhes do caso
CDBs do Banco Master

A Reag Investimentos (REAG3) confirmou, em comunicado oficial ao mercado nesta quarta-feira (3), a compra de CDBs do Banco Master por meio de fundos ligados ao grupo. O posicionamento ocorre em meio à repercussão da Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, que apura possíveis ligações entre o sistema financeiro e o crime organizado.

Operações com CDBs do Banco Master movimentaram R$ 1,2 bilhão

De acordo com a reportagem, as operações com os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) do Banco Master movimentaram mais de R$ 1,2 bilhão em papéis adquiridos por fundos geridos por controladas pela Reag. A gestora confirmou que o fundo Hans 95 negociou esses ativos no período investigado.

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Segundo o comunicado, a aquisição se deu com uma instituição regulada pelo Banco Central, e “sem guardar atipicidade” em relação ao histórico de realizadas pelo fundo ou por outros clientes com perfil semelhante.

“Tais operações envolveram a aquisição, pelo fundo Hans 95, de CDBs de uma instituição financeira regulada pelo Banco Central do Brasil, sem apresentar elementos fora do padrão histórico de negociação”, afirmou a Reag.

Reag nega ser diretamente responsável pela gestão dos fundos

Apesar de ter sido citada na investigação da Polícia Federal, a Reag ressaltou que não atua diretamente como administradora de carteiras, mas sim como holding de diversas empresas que gerenciam os fundos.

A empresa esclareceu que possui 13 sociedades autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que atuam como gestoras de fundos. Essas empresas, segundo a nota, são responsáveis por administrar 330 , com mais de R$ 225 bilhões sob gestão.

Além disso, a Reag enfatizou que o patrimônio dos fundos não se confunde com o das gestoras ou da própria holding: “Investimentos feitos em nome dos fundos não podem ser considerados aplicações financeiras e/ou investimentos de titularidade da companhia ou dessas gestoras.”

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Reag é alvo da Polícia Federal na Operação Carbono Oculto

A Reag Investimentos foi um dos principais alvos da Operação Carbono Oculto, deflagrada na última quinta-feira (28), na Avenida , região nobre do mercado financeiro de . A operação revelou um esquema de infiltração do crime organizado no setor de combustíveis, envolvendo fintechs, gestoras e fundos de investimento.

A ação da Polícia Federal envolveu mais de 200 mandados de busca e apreensão em dez estados brasileiros. Ao menos 40 empresas e instituições financeiras com sede na Faria Lima foram citadas nos autos, incluindo nomes com atuação bilionária e ampla capilaridade no mercado.

Banco Master sob pressão após rejeição de compra pelo BRB

Paralelamente, a situação do Banco Master se agravou após o Banco Central indeferir o pedido de aquisição feito pelo Banco de Brasília (BRB). A transação previa a compra de 49% das ordinárias e 100% das preferenciais do Master, operação que agora foi barrada.

Segundo fontes do setor, a reprovação do negócio pode acirrar ainda mais a desconfiança do mercado em relação à saúde financeira do Banco Master, que já vinha enfrentando problemas de liquidez e se viu envolvido em diversas denúncias nos últimos meses.

O que são os CDBs do Banco Master e por que chamaram atenção

Os CDBs do Banco Master são títulos de emitidos pela instituição financeira para captar recursos. Em geral, oferecem altos rendimentos como forma de atrair , mas vêm sendo alvo de desconfiança devido ao perfil agressivo de financiamento e ao contexto da operação policial.

Com o aumento das suspeitas e a ligação com fundos investigados, a negociação desses papéis passou a ser monitorada de perto por autoridades e pelo mercado.

O escândalo envolvendo os CDBs do Banco Master, a Reag Investimentos e a Operação Carbono Oculto expõe os riscos crescentes de contaminação entre o sistema financeiro formal e estruturas criminosas organizadas. Com bilhões em circulação e impacto direto em investidores e instituições, o caso levanta questões sobre transparência, regulação e responsabilidade fiduciária no mercado financeiro brasileiro.

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