Confira a lista de bancos notificados pelos EUA, Moraes na mira

O Tesouro dos EUA pressionou bancos brasileiros sobre o cumprimento da Lei Magnitsky, após sanções impostas a Alexandre de Moraes.
Lei Magnitsky

O Departamento do Tesouro dos intensificou a aplicação da Lei Magnitsky ao enviar, na última terça-feira (2/9), um ofício a cinco dos maiores bancos em atuação no Brasil — Itaú Unibanco, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e BTG Pactual. O documento solicita informações detalhadas sobre possíveis medidas adotadas pelas instituições financeiras para cumprimento das sanções impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), .

As sanções foram oficializadas em 30 de julho de 2025, sob a justificativa de violação de direitos fundamentais, como a liberdade de expressão, segundo avaliação do norte-americano. Moraes, que conduz o julgamento de Jair Bolsonaro no STF, é agora alvo da Lei Magnitsky, instrumento legal que permite aos EUA impor sanções contra indivíduos estrangeiros acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

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Bancos acionarão setores jurídicos

As instituições brasileiras, segundo apurado pela imprensa, repassaram o conteúdo do ofício às suas áreas jurídicas para avaliação. Até o momento, nenhum dos bancos se manifestou oficialmente sobre o tema.

O pedido do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), órgão do Tesouro norte-americano responsável por fiscalizar sanções internacionais, coincide com o início do julgamento de Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe em 2022, fato que coloca ainda mais tensão no cenário político e econômico.

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O que é a Lei Magnitsky?

A Lei Magnitsky foi aprovada pelo Congresso dos EUA em 2012, durante o governo de Barack Obama, após a morte do advogado russo Sergei Magnitsky, que denunciou um esquema de corrupção na Rússia e faleceu em circunstâncias suspeitas em uma prisão de Moscou, em 2009. A legislação punir indivíduos estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações severas de direitos humanos.

As punições previstas incluem congelamento de bens, restrições de entrada nos EUA e bloqueio de acesso ao sistema financeiro internacional, especialmente a em dólar. Também podem resultar na impossibilidade de usar cartões de de bandeiras internacionais como Visa e .

Repercussões e pressões diplomáticas

A aplicação da Lei Magnitsky contra um ministro do STF brasileiro é inédita e está gerando repercussões significativas. A defesa de Moraes e setores do governo Lula classificaram a medida como ingerência externa, enquanto aliados de Jair Bolsonaro celebraram a decisão.

O episódio também reacende as tensões entre os governos dos EUA e do Brasil. Em agosto, o deputado Eduardo Bolsonaro e o comentarista político Paulo Figueiredo se reuniram com o secretário do Tesouro dos EUA, , dois dias após o cancelamento de uma reunião entre Bessent e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A conversa envolveu, entre outros temas, a imposição de tarifas comerciais de 50% a produtos brasileiros.

Implicações econômicas

Especialistas alertam que o uso da Lei Magnitsky pode gerar instabilidade no setor bancário, caso os bancos brasileiros sejam obrigados a restringir operações de clientes sancionados. Isso poderia comprometer a credibilidade do sistema financeiro e afetar acordos internacionais.

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