Eleições 2026 entram no radar do mercado com força nesta quinta-feira, 28/08/2025. A pesquisa Atlas/Bloomberg indica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atrás de Tarcísio de Freitas em eventual 2º turno e acende leitura pró-mercado de parte dos investidores, enquanto o Ibovespa tocou uma máxima histórica intradia ao longo do pregão.
Bolsa reage ao risco eleitoral — e marca máxima intradia
A leitura dos gestores é direta: um quadro de eleições 2026 mais competitivo tende a trazer apostas em agenda econômica mais liberal em 2027, com privatizações e reformas de volta ao debate. No intraday desta quinta (28/08), o Ibovespa renovou recorde e chegou à faixa dos 141,6 mil pontos, segundo acompanhamento em tempo real. O que diz a pesquisa Atlas/Bloomberg
No cenário de 2º turno, Lula aparece numericamente atrás de Tarcísio (48,4% contra 46,6%), diferença dentro da margem de erro, mas suficiente para reposicionar as expectativas do mercado. Contra Jair Bolsonaro, o quadro é de empate técnico; frente a Michelle Bolsonaro, o presidente mantém leve vantagem.
A avaliação pessoal de Lula caiu para 47,9% de aprovação, com 51% de desaprovação, confirmando perda de fôlego em agosto ante julho, na série Atlas/Bloomberg reportada nesta manhã.
Metodologia e período de coleta
A LatAm Pulse de agosto ouviu 6.238 respondentes, por recrutamento digital aleatório (Atlas RDR), com margem de erro de ±1 p.p. e nível de confiança de 95%. O trabalho de campo ocorreu entre 20/08 e 25/08/2025.
Tabela — Eleições 2026: recorte da pesquisa de agosto (Atlas/Bloomberg)
Indicador (agosto/2025) | Resultado |
---|---|
Aprovação de Lula | 47,9% |
Desaprovação de Lula | 51,0% |
2º turno: Lula x Tarcísio | 46,6% x 48,4% |
2º turno: Lula x Jair Bolsonaro | Empate técnico |
2º turno: Lula x Michelle Bolsonaro | Lula à frente por margem estreita |
Fontes: Atlas/Bloomberg (agosto/2025); reportagens de apoio.
Por que isso importa para preços de ativos
A intensificação do tema eleições 2026 altera a precificação de risco político, afeta fluxo estrangeiro e mexe nas curvas de juros. A cada rodada de dados, o mercado recalibra probabilidades de cenários fiscais e regulatórios a partir de 2027 — razão pela qual a nova máxima intradia da bolsa veio acompanhada de leitura técnica mais construtiva no curto prazo.
O que observar nas próximas semanas
Atenção a três frentes: (1) novas rodadas da Atlas/Bloomberg e de outros institutos; (2) comportamento do câmbio e dos juros futuros conforme o noticiário eleitoral ganha tração; (3) reação do governo a indicadores de popularidade, que pode incluir sinalizações fiscais. O desempenho do Ibovespa seguirá sensível a esse conjunto.
Este conteúdo tem caráter jornalístico e educacional e não constitui recomendação de investimento.