Suzano (SUZB3) pode subir mais de 36% em 12 meses, segundo BTG

Suzano (SUZB3) anunciou reajuste no preço da celulose para Ásia, Europa e EUA. BTG Pactual manteve recomendação de compra
Suzano (SUZB3)

Suzano () deve entrar em uma fase de recuperação acelerada no segundo semestre de 2025, segundo análise divulgada pelo BTG Pactual nesta sexta-feira, 22 de agosto. Após o anúncio de reajuste global nos preços da celulose, o banco manteve a recomendação de compra para os papéis da companhia e estabeleceu preço-alvo de R$ 73, o que implica um potencial de valorização de 36% sobre a cotação atual, na faixa dos R$ 53.

Suzano anuncia aumento global nos preços da celulose

A companhia informou na quinta-feira (21) que vai elevar os preços da celulose a partir de setembro. A mudança será aplicada em todos os principais mercados. Na Ásia, o reajuste será de US$ 20 por tonelada, enquanto Europa e Estados Unidos terão aumento de US$ 80 por tonelada, com o preço médio na Europa passando para US$ 1.080/t. Inicialmente, apenas o mercado asiático havia sido incluído, mas a empresa decidiu estender o aumento a outras regiões estratégicas.

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Reação do BTG Pactual e fundamentos do otimismo

O BTG avaliou que essa decisão mostra um movimento claro da Suzano no sentido de restaurar sua , pressionada pelos preços historicamente baixos da celulose. O banco observou que o mercado não esperava um movimento tão agressivo e abrangente em tão pouco tempo, mas acredita que os sinais indicam que os preços da celulose podem ter atingido um piso técnico.

A demanda pela matéria-prima cresceu acima do esperado nos últimos meses. Um dos fatores que favoreceram o movimento da Suzano foi a paralisação de uma produtora chinesa, o que abriu espaço para a companhia brasileira expandir sua fatia no mercado global.

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Pressão de custos e cenário global da celulose

O relatório do BTG apontou ainda que os preços atuais da celulose, especialmente na China, ao redor de US$ 500 por tonelada, são considerados insustentáveis, a ponto de colocar cerca de 20% da capacidade global em situação de negativo. Mesmo líderes do setor, segundo o banco, estão com retornos abaixo do custo de capital.

Apesar de não prever uma recuperação rápida em formato de “V”, a equipe de análise do BTG vê uma janela para que produtores como a Suzano recomponham sua rentabilidade a partir de níveis extremamente baixos. A empresa também se beneficia de uma posição mais competitiva na curva de custos, além de uma exposição relativamente menor ao mercado chinês, que tem mostrado .

Projeção de valorização e percepção de risco

Na visão do banco, o risco de queda para SUZB3 é limitado nos patamares atuais. A estrutura de custo da companhia e o reposicionamento estratégico no devem funcionar como vetores de valorização nos próximos trimestres.

A Suzano é atualmente a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo e tem se destacado por sua resiliência operacional mesmo em períodos de pressão nos preços globais. O papel operava em alta de 2,7% na manhã sexta-feira, refletindo a reação positiva dos à notícia do reajuste.

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