Resultados da Azzas (AZZA3) destacam lucro recorrente de R$283,7 milhões no 2º trimestre, mas as ações recuaram no pregão. O mercado reagiu à desaceleração nas vendas e às dúvidas sobre sustentabilidade do crescimento. Analistas apontam atenção à margem e à consistência da receita para o segundo semestre de 2025.
Ações AZZA3 recuam 6,59% após balanço e reação do mercado
AZZA3 recuou 6,59% nesta segunda-feira, chegando a R$ 33,07 por ação no pregão. A queda ampliou-se após o balanço do 2º trimestre de 2025.
O lucro líquido recorrente foi de R$ 283,7 milhões, alta de 81,7% na comparação anual. O Ebitda somou R$ 525,4 milhões, ou R$ 535,6 milhões em termos recorrentes.
Motivos da reação do mercado
Analistas esperavam lucro de R$ 167,5 milhões e Ebitda de R$ 505,6 milhões, segundo a LSEG. Mesmo com resultados acima das estimativas, houve preocupação com a desaceleração nas vendas e maiores devoluções no trimestre.
O Safra citou dúvidas sobre a sustentabilidade do crescimento frente à queda das vendas. O BTG avaliou crescimento fraco da receita, mas Ebitda em linha por eficiência nos gastos.
O lucro líquido teve efeito positivo por menor carga tributária, segundo bancos. O Santander destacou foco da empresa em eficiência, corte de custos e proteção de margens, num cenário de Selic em 15%.
Investidores vão acompanhar indicadores-chave no 2º semestre de 2025, como diluição de despesas e consistência da receita. A nomeação de Eric Alencar como novo CFO, a assumir em 1º de setembro, também entra na conta do mercado.
Detalhes do 2T25: lucro R$283,7 mi, Ebitda R$525,4 mi e avaliações de analistas
AZZA3 apresentou lucro recorrente de R$ 283,7 milhões no 2º trimestre de 2025. Isso representou alta de 81,7% na comparação anual. O Ebitda somou R$ 525,4 milhões, sendo R$ 535,6 milhões em termos recorrentes. As ações AZZA3 recuaram 6,59%, cotadas a R$ 33,07 no pregão.
Expectativas versus resultado
O consenso compilado pela LSEG previa lucro de R$ 167,5 milhões e Ebitda de R$ 505,6 milhões. A Azzas superou essas estimativas em lucro e Ebitda. Mesmo assim, o mercado ficou atento à desaceleração das vendas e às maiores devoluções no trimestre.
Avaliação dos analistas
O Safra destacou dúvidas sobre a sustentabilidade do crescimento diante da queda nas vendas. O BTG apontou crescimento fraco da receita, mas Ebitda em linha por eficiência nas despesas. O Santander ressaltou foco em eficiência, corte de custos e proteção de margens, num cenário de Selic em 15%.
Analistas vão monitorar métricas-chave no 2º semestre, como diluição das despesas e consistência da receita. A nomeação de Eric Alencar como novo CFO, com posse em 1º de setembro, também entra nas contas do mercado.