Tarifas dos EUA e Brasil voltam ao centro do debate após anúncio de tarifas de 50% sobre certos combustíveis importados. Especialistas alertam que medida semelhante sobre o diesel russo poderia reduzir oferta, elevar preços e pressionar a inflação no Brasil, além de provocar ajustes na cadeia logística e no mercado doméstico de combustíveis.
Contexto: decisão dos EUA e implicações para o comércio internacional
Na quarta-feira (6/8), a Casa Branca anunciou tarifas de 50% sobre produtos indianos ligados ao comércio de combustíveis russos. A medida mira países que compram óleo e derivados da Rússia. O argumento é que essas compras ajudam a financiar a guerra na Ucrânia.
Dados e números
O Brasil importou cerca de US$ 13 bilhões em diesel da Rússia desde fevereiro de 2022. Entre janeiro e julho deste ano, a Rússia respondeu por 58,9% do diesel importado pelo país. Em 2021, essa participação era de apenas 0,2%.
As importações cresceram rápido: de US$ 16,9 milhões em 2021 para US$ 95 milhões em 2022. Esse salto representou um aumento de 462%. Depois, as compras saltaram para US$ 4,5 bilhões, um crescimento de 4.664%. Em seguida, o volume atingiu US$ 5,4 bilhões, e até julho já somavam US$ 3 bilhões.
Atores do mercado
As cinco maiores importadoras entre janeiro e junho foram Vibra, Refit, Oil Trading (Ipiranga/Ultra), Blueway (Raízen) e Nimofast. Juntas, elas responderam por 58% do diesel russo importado nesse período. Grandes empresas do setor têm ações negociadas em bolsas do Brasil e dos EUA.
Impactos comerciais e políticos
O Brasil não aderiu às sanções da União Europeia e dos EUA contra combustíveis russos. Tanto governos anteriores quanto o atual facilitaram a entrada do produto russo. O diesel russo virou opção por ser mais barato que o diesel do golfo americano.
Especialistas alertam que tarifas adicionais podem elevar custos no mercado doméstico. Um projeto no Congresso dos EUA até prevê tarifas de até 500% para compradores de petróleo russo. Isso cria risco direto para empresas com investidores internacionais e ações na bolsa de Nova York.
Riscos para oferta e inflação
Uma tarifa elevada pode causar ruptura temporária no abastecimento de diesel. O país teria de buscar fontes alternativas, provavelmente mais caras. Isso tende a subir preços nas bombas e pressionar a inflação no Brasil.
Implicações para empresas
Empresas como Vibra e Raízen têm investidores estrangeiros, como BlackRock e Shell. A exposição a sanções pode afetar valor de mercado e acesso a financiamentos. Operadores e governos devem avaliar estratégias para mitigar riscos e garantir oferta.
Impacto potencial sobre o diesel russo e oferta no Brasil
Tarifas dos EUA e Brasil podem mexer no fluxo de diesel russo ao país. Desde fev/2022, empresas brasileiras enviaram US$ 13 bilhões em diesel à Rússia. Entre janeiro e julho, a Rússia respondeu por 58,9% do diesel importado pelo Brasil. Em 2021, essa participação era de 0,2%.
Fluxo e crescimento das importações
As compras saltaram de US$ 16,9 milhões em 2021 para US$ 95 milhões em 2022. Isso foi um aumento de 462%. Depois, as importações subiram para US$ 4,5 bilhões. Esse salto representou um aumento de 4.664%. O volume chegou a US$ 5,4 bilhões e, até julho, somou US$ 3 bilhões.
Capacidade interna e dependência
Segundo a Abicom, o Brasil produz cerca de 70% do diesel que consome. Ou seja, 30% da demanda precisa ser importada. Essa dependência deixou o país vulnerável a choques externos e a medidas comerciais.
Quem lidera as importações
As cinco maiores importadoras entre janeiro e junho foram Vibra, Refit, Oil Trading (Ipiranga/Ultra), Blueway (Raízen) e Nimofast. Juntas, responderam por 58% do diesel russo importado no período. A Vibra vale cerca de R$ 23 bilhões e tem ações na B3 e em Nova York.
Exposição a investidores estrangeiros
Fundos estrangeiros têm participação em várias majors. O BlackRock detém 5,22% da Vibra e cerca de 5% do grupo Ultra. A Shell tem 44% da Raízen. Essas participações aumentam o risco para empresas com ações negociadas no exterior.
Medidas e riscos de tarifas
Em 6 de agosto, a Casa Branca anunciou tarifas de 50% sobre produtos indianos ligados ao combustível russo. No Congresso dos EUA, há um projeto que prevê tarifas de até 500% para compradores de petróleo russo. Isso amplia o risco de medidas sobre o Brasil.
Impacto sobre oferta e preços
Tarifas elevadas podem provocar ruptura temporária no abastecimento. O Brasil teria então que buscar fontes alternativas, provavelmente mais caras. Isso tende a elevar o preço do diesel nas bombas e pressionar a inflação doméstica.
Consequências para empresas
Sanções ou tarifas podem afetar valor de mercado e acesso a crédito. Empresas com ações em Nova York e investidores estrangeiros podem ver queda no preço dos ativos. Setor e governo precisarão mapear estratégias para reduzir danos e garantir oferta.
Efeito nos preços domésticos e pressão sobre a inflação brasileira
Tarifas dos EUA de 50% já atingiram produtos indianos ligados ao comércio com a Rússia. No Brasil, a dependência do diesel russo aumenta o risco de impacto direto nos preços domésticos.
Dados e números
Empresas brasileiras enviaram US$ 13 bilhões em diesel à Rússia desde fev/2022. Entre janeiro e julho, a Rússia respondeu por 58,9% do diesel importado pelo Brasil.
Em 2021, a participação russa era de apenas 0,2% nas importações brasileiras de diesel. As compras saltaram de US$ 16,9 milhões para US$ 95 milhões em 2022, aumento de 462%.
Depois, as importações subiram para US$ 4,5 bilhões, salto de 4.664%. O volume chegou a US$ 5,4 bilhões e, até julho, somou US$ 3 bilhões.
Efeito sobre oferta e preços
A Abicom estima que o Brasil produz cerca de 70% do diesel que consome. Assim, 30% da demanda precisa ser suprida por importações.
Tarifas elevadas podem reduzir oferta e forçar busca por fontes alternativas, mais caras. Isso tende a elevar preços nas bombas e pressionar a inflação no Brasil.
Na prática, uma tarifa de 50% já pode aumentar custos logísticos e de importação. No Congresso dos EUA há até proposta que prevê tarifas de até 500% para compradores do petróleo russo.
Exposição das empresas
As cinco maiores importadoras responderam por 58% do diesel russo entre janeiro e junho. A Vibra vale cerca de R$ 23 bilhões e tem ações na B3 e em Nova York.
O fundo BlackRock detém 5,22% da Vibra e cerca de 5% do grupo Ultra. A Shell tem 44% da Raízen, o que aumenta a exposição a medidas internacionais.
Sanções ou tarifas podem afetar preço das ações e acesso a crédito para essas empresas. Setor e governo precisam mapear alternativas para garantir abastecimento e reduzir riscos.
Reações do setor, alternativas de abastecimento e cenários futuros
Setor reagiu com preocupação após o anúncio das tarifas dos EUA de 50%.
Muitas empresas preferem cautela e evitam comentários públicos sobre negociações internacionais agora.
Principais atores
As cinco maiores importadoras são Vibra, Refit, Oil Trading, Blueway e Nimofast.
Juntas, elas responderam por 58% do diesel russo importado entre janeiro e junho.
A Vibra vale cerca de R$ 23 bilhões e tem ações na B3 e em Nova York.
O fundo BlackRock detém 5,22% da Vibra e cerca de 5% do grupo Ultra.
A Shell possui 44% da Raízen, o que aumenta a exposição a riscos externos.
Alternativas de abastecimento
O Brasil produz cerca de 70% do diesel que consome, segundo a Abicom.
Assim, 30% da demanda precisa ser suprida por importações de outros mercados.
Se tarifas subirem, importadores buscarão fornecedores mais caros, como o golfo americano.
Isso tende a elevar o preço do diesel nas bombas e pressionar a inflação doméstica.
Reações do mercado e medidas
Empresas com ações em Nova York podem ver queda no preço de seus ativos.
Sanções também podem reduzir o acesso a crédito e aumentar o custo do financiamento.
Setor e governo vêm estudando estratégias para mitigar riscos e garantir o abastecimento.
Cenários futuros
Há um projeto no Congresso dos EUA que prevê tarifas de até 500% para compradores.
Se isso avançar, pode haver ruptura temporária na oferta e choques de preço.
Outra saída é ampliar o refino local, mas isso exige tempo e investimentos altos.