O governo chinês decidiu prorrogar a investigação sobre carne bovina importada até novembro, oferecendo alívio temporário aos principais exportadores como Brasil e Argentina diante de um mercado interno em ajuste.
China amplia prazo da investigação sobre carne bovina importada até novembro
A China decidiu estender até 26 de novembro a investigação sobre as importações de carne bovina. Esse processo começou em dezembro do ano passado e tem como objetivo analisar o impacto das importações no mercado interno.
Importadores principais como Brasil, Argentina, Austrália e Estados Unidos são afetados por essa análise. A investigação não mira um país específico, mas envolve todo o setor.
Em 2024, a China importou um recorde de 2,87 milhões de toneladas de carne bovina. No entanto, neste primeiro semestre de 2025, as importações caíram 9,5% em comparação com o ano anterior, somando 1,3 milhão de toneladas.
O governo chinês busca equilibrar a oferta interna com a necessidade de manter o comércio estável. A indústria doméstica enfrenta excesso de oferta e tenta recuperar a lucratividade, o que justifica a continuidade da investigação.
Especialistas veem essa prorrogação como um alívio temporário para os exportadores, dando tempo para negociações e possíveis ajustes sem a imposição imediata de restrições rigorosas.
Além da investigação, o governo tem aumentado o suporte ao setor rural, incluindo medidas financeiras para ajudar os produtores locais de gado de corte.
Esse cenário mostra como a China equilibra cuidado com a indústria local e sua posição como maior mercado global de carne bovina, impactando diretamente países-exportadores.