Tarifaço governo dispositivos médicos anuncia investimento de R$ 2,4 bilhões para compras de equipamentos nacionais no SUS, mesmo com preço até 20% maior que importados. A medida visa fortalecer a indústria brasileira diante das tarifas impostas pelos EUA.
Governo prioriza dispositivos médicos nacionais em compras públicas para o SUS
O governo anunciou um grande investimento de R$ 2,4 bilhões para a compra de mais de 10 mil equipamentos médicos para o SUS. A prioridade é para dispositivos nacionais, mesmo que custem entre 10% e 20% a mais que os importados. Essa estratégia visa fortalecer a indústria brasileira e garantir maior autonomia na área da saúde.
Margem de preferência para produtos nacionais
Com a nova regra, produtos com tecnologia brasileira terão preferência nas compras públicas. Isso significa que o governo pode optar por equipamentos nacionais mesmo se estiverem um pouco mais caros. O objetivo é incentivar a produção local e reduzir a dependência de importações.
Tipos de equipamentos contemplados
As compras incluem equipamentos para atendimento básico e cirúrgico, bem como dispositivos usados em procedimentos oftalmológicos e de alta complexidade. O foco está em garantir a segurança do paciente e a eficiência dos tratamentos oferecidos pelo SUS.
Impacto para a indústria e saúde pública
Hoje, o Brasil produz cerca de 45% dos dispositivos médicos que usa. O plano é aumentar essa produção para 50% até 2026 e 70% até 2033. Isso trará mais empregos, inovação e proteção para o mercado nacional, além de melhorar o atendimento à população.
Ao priorizar equipamentos brasileiros, o governo busca neutralizar os efeitos do tarifaço imposto pelos EUA, que elevou os custos dos dispositivos importados. Investir no setor nacional é uma forma de garantir soberania e segurança em serviços de saúde essenciais para todos.
Impactos e estratégias diante do tarifaço dos EUA em dispositivos médicos
O tarifaço imposto pelos EUA estabeleceu uma sobretaxa de 50% sobre dispositivos médicos brasileiros. Essa medida impacta as exportações e eleva os custos para as empresas nacionais. O CEO da Abimo explicou que a indústria terá que decidir entre absorver esses custos ou buscar novos mercados.
Desafios para o mercado nacional
Arcar com o preço maior pode ser difícil para as empresas, pois repassar o aumento ao consumidor final encarece os produtos. Além disso, encontrar novos mercados enfrenta barreiras regulatórias e competitivas importantes.
Estratégias do governo e indústria
O governo responde com a prioridade na compra de equipamentos nacionais no SUS, garantindo demanda interna e fortalecendo o setor. Essa política ajuda a proteger a indústria contra os efeitos do tarifaço dos EUA.
A indústria de dispositivos médicos busca diversificar mercados para compensar a perda das exportações aos EUA. A inovação e o desenvolvimento tecnológico são pontos-chave para aumentar a competitividade global.
A caminho da soberania tecnológica
Atualmente, o Brasil produz 45% dos equipamentos que consome. A meta é ampliar essa produção para 50% até 2026 e 70% até 2033. Isso favorecerá a segurança do setor de saúde e reduzirá a dependência externa diante de tarifas e barreiras comerciais.