Os resultados do 2T25 da Gerdau refletem um cenário misto, com queda no lucro e pressão na margem EBITDA, que impactaram as ações GGBR4 e GOAU4. Enquanto a operação nos EUA se destaca, o mercado brasileiro enfrenta desafios relevantes.
Lucro e EBITDA da Gerdau caem no 2T25 e impactam ações
A Gerdau divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2025 com uma queda no lucro líquido ajustado. A siderúrgica registrou R$ 864 milhões, uma redução de 8,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. A margem EBITDA ajustada foi de 14,6%, pressionada principalmente pela fraqueza do mercado brasileiro.
Já a Metalúrgica Gerdau, holding controladora da companhia, também apresentou queda no lucro líquido ajustado, totalizando R$ 863 milhões, 9,1% a menos que em 2T24. A margem EBITDA da holding recuou 1,2 ponto percentual, ficando em 14,6%.
Os ativos da Gerdau, GGBR4 e GOAU4, refletiram essas perdas com quedas de 3,80% e 4,59%, respectivamente, no pregão desta sexta-feira (1º).
Especialistas destacam que a operação americana tem compensado as dificuldades no Brasil. O Itaú BBA manteve recomendação de compra, ressaltando o potencial de melhora gradual das margens com a normalização dos custos e possível aumento da receita na América do Norte.
O BTG Pactual elogiou o desempenho da Gerdau nos EUA, com EBITDA de R$ 1,6 bilhão e margem de 17,9%, alta de 37% sobre o 1T25. No entanto, alertou que o mercado brasileiro segue difícil, afetando o caixa da empresa devido a altos investimentos.
Além disso, o Goldman Sachs destacou a importância das tarifas de importação de 50% nos EUA, que protegem a operação local. Entretanto, há incertezas sobre a manutenção dessas tarifas, principalmente se Canadá e México forem favorecidos com isenções, o que poderia reduzir essa proteção.
O banco também destacou que a geração de caixa livre da Gerdau pode ultrapassar 14% no longo prazo, especialmente após a redução do capex prevista para depois de 2027.