O estudo recente da Esalq-USP revela que 64% dos solos do planeta são arenosos, destacando a fragilidade e os impactos ambientais e agrícolas desse tipo de solo no Brasil e no mundo.
Importância e desafios dos solos arenosos para a agricultura e meio ambiente
Os solos arenosos representam 64% da superfície terrestre, sendo os mais comuns em diversas regiões agrícolas, como Mato Grosso e Maranhão no Brasil. Eles são conhecidos por sua baixa capacidade de retenção de água e nutrientes, o que torna o manejo agrícola um grande desafio.
Esse tipo de solo é mais vulnerável à erosão e à perda de matéria orgânica, fatores que afetam diretamente a produtividade das culturas, como milho e soja. Estudos mostram que solos agrícolas têm até 60% menos carbono do que áreas de vegetação natural, o que compromete sua saúde.
O manejo inadequado desses solos, como o uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos, pode acelerar a degradação, prejudicando a qualidade do solo e contribuindo para o aumento de gases do efeito estufa. Além disso, práticas agrícolas podem elevar o pH do solo em até 1,6 unidades, alterando sua fertilidade.
Para garantir a sustentabilidade e melhorar a produtividade, especialistas recomendam o uso de técnicas como rotação de culturas, plantio direto, cobertura vegetal e sistemas agroflorestais. Essas ações ajudam a conservar a água, aumentar o carbono no solo e preservar a biodiversidade.
Preservar os solos arenosos é vital para manter a segurança alimentar e o equilíbrio ambiental, já que sua fragilidade exige atenção especial para garantir que as áreas agrícolas não degradem ainda mais.