Uma brecha para isenção tarifa café EUA pode ser a luz no fim do túnel para exportadores brasileiros, diante da sobretaxa de 50% que começa em 1º de agosto. O secretário de comércio dos EUA indicou possíveis exceções para produtos sem oferta local, incluindo o café.
Secretário dos EUA sinaliza possível isenção para café na sobretaxa de 50%
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, indicou uma possível isenção para o café na sobretaxa de 50% que começará a valer em 1º de agosto. Essa medida pode beneficiar diretamente os exportadores brasileiros e o mercado do café.
Segundo Lutnick, produtos que não são produzidos nos Estados Unidos têm chance de entrar sem tarifa. O café, importante item da pauta exportadora brasileira, está entre os recursos naturais que podem ser isentos, junto ao cacau, manga e abacaxi.
Essa sinalização gera expectativa no setor, especialmente porque os Estados Unidos são o maior consumidor mundial de café. Cerca de 76% da população toma café diariamente e 34% das importações da bebida vêm do Brasil.
O impacto da sobretaxa de 50% poderia causar alta nos preços e inflação local, já que o Brasil exporta principalmente os grãos verdes para o mercado americano, onde ocorre a torrefação, agregando valor.
Além disso, um estudo da National Coffee Association revela que para cada US$ 1 gasto na importação do café brasileiro, são gerados US$ 43 na economia dos EUA. O setor representa 1,2% do PIB americano e sustenta 2,2 milhões de empregos.
Portanto, a possibilidade da isenção da sobretaxa para o café é vista como importante não só para o Brasil, mas também para evitar impacto negativo na economia dos Estados Unidos.
As definições oficiais sobre as tarifas aos produtos brasileiros devem sair até o dia 1º de agosto, próxima sexta-feira, quando a medida entra em vigor.
Reação do mercado e impacto econômico das tarifas de Trump
O mercado reagiu rapidamente à declaração do secretário de Comércio dos EUA, com o contrato do café caindo mais de 3% na Bolsa de Nova York. Isso mostra a preocupação dos investidores com a sobretaxa de 50% imposta pelo governo Trump.
Empresas e associações do setor nos EUA e no Brasil aumentaram o lobby para conseguir uma exceção tarifária ao café. Elas argumentam que os Estados Unidos não têm produção própria dessa commodity, aumentando a dependência das importações brasileiras.
Esse cenário preocupa a economia americana. A taxação poderia levar a aumentos de preços e elevar a inflação, além de afetar o desemprego devido à reação negativa no consumo.
O café é um setor importante para os EUA: a National Coffee Association mostra que cada dólar gasto na importação do café brasileiro gera US$ 43 na economia local. O setor representa 1,2% do PIB americano e sustenta 2,2 milhões de empregos.
Os detalhes sobre as tarifas e eventuais exceções devem ser definidos até 1º de agosto, mantendo o mercado atento às decisões finais do governo Trump.