O dólar hoje voltou a operar em alta frente ao real nesta sexta-feira, 25 de julho, refletindo o aumento nas tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. A moeda norte-americana subia 0,67%, cotada a R$ 5,557, com os investidores monitorando a retórica do governo norte-americano sobre novas tarifas e os dados de inflação no Brasil.
A alta do dólar vem após relatos de que a administração Trump pretende assinar uma nova declaração de emergência comercial para justificar a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A notícia elevou o tom de cautela no mercado, mesmo após sinalizações do governo brasileiro sobre disposição para negociar.
Cotação do dólar hoje: valores atualizados
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Dólar comercial
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Compra: R$ 5,557
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Venda: R$ 5,557
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Dólar turismo
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Compra: R$ 5,628
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Venda: R$ 5,808
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Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,17%, aos 5.539 pontos.
Inflação surpreende e pressiona câmbio
Além das incertezas comerciais, o IPCA-15 de julho também influenciou o desempenho do dólar hoje. A prévia da inflação oficial ficou em 0,33%, acima da expectativa de 0,30% e do resultado de junho, que havia sido de 0,26%.
O número reforçou a cautela dos investidores quanto à política monetária no Brasil. O cenário de juros estáveis por mais tempo começa a ganhar força, impactando a atratividade dos ativos domésticos.
O que vem por aí: semana carregada no radar
A próxima semana será decisiva para os mercados. Estão previstas decisões de juros no Brasil (Copom), nos Estados Unidos (Fed), no Japão e no Canadá, além da divulgação do payroll americano e dos resultados de big techs como Amazon, Meta, Microsoft e Apple.
Esses eventos devem influenciar não apenas o dólar hoje, mas também o comportamento do real frente a outras moedas.
Alckmin diz que Brasil quer negociar
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil já realizou dez reuniões com representantes dos EUA para tentar reverter as tarifas. A partir da próxima segunda-feira, um comitê vai atualizar o andamento das conversas diariamente às 11h.
Alckmin também comentou sobre uma possível parceria em minerais críticos, área estratégica para os EUA e com forte presença no território brasileiro.