O tarifaço carne bovina EUA imposto pelos Estados Unidos tem causado uma pausa nas negociações e ajustes no mercado brasileiro, especialmente entre frigoríficos. Embora haja impacto nos preços e nas exportações, os especialistas apontam para um cenário de adaptação gradual e busca por novos mercados.
Impacto do tarifaço sobre o mercado de carne brasileira e estratégias dos frigoríficos para ajustes e negociações
O tarifaço dos EUA sobre a carne bovina brasileira tem provocado mudanças importantes no mercado. Desde o anúncio, as exportações para os Estados Unidos foram praticamente suspensas.
Essa situação fez os frigoríficos brasileiros segurarem estoques e evitar negociar imediatamente, já que tinham pedidos acumulados de até oito semanas.
Os preços do boi gordo caíram cerca de 3% desde o começo de julho, refletindo a paralisação dos negócios. No mercado interno, a carcaça bovina também teve retração semelhante.
Importadores como a China tentam negociar descontos de 2% a 4%, mas os frigoríficos resistem para evitar perdas maiores.
Além da China, países como Vietnã, Indonésia, Chile e Egito aparecem como caminhos potenciais para ocupar o espaço deixado pelos EUA.
A estratégia dos frigoríficos inclui reduzir as escalas de abate, mantendo a operação sob controle enquanto buscam ajustar as negociações.
Apesar do impacto negativo ser sentido, especialistas acreditam que ele será pontual e que o mercado vai se reajustar com o tempo.
O cenário permanece incerto até agosto, quando as novas tarifas entram em vigor e será possível ver como o comércio vai reagir.