As ações das principais mineradoras e siderúrgicas brasileiras reagiram positivamente ao avanço do minério de ferro nos mercados internacionais nesta segunda-feira. Vale (VALE3), CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) registraram valorização significativa, impulsionadas por fatores externos como o anúncio de uma mega-hidrelétrica no Tibete e os estímulos industriais na China.
Minério de ferro em alta impulsiona ações de Vale, CSN, Usiminas e Gerdau
As ações das mineradoras e siderúrgicas brasileiras fecharam em alta significativa na última segunda-feira, acompanhando a valorização do minério de ferro nos mercados internacionais. A Vale (VALE3) subiu 2,73%, sendo cotada a R$ 56,05. A CSN (CSNA3) teve alta de 2,17%, atingindo R$ 7,99, enquanto a Usiminas (USIM5) avançou 2,30%, cotada a R$ 4,01. A Gerdau (GGBR4) destacou-se com valorização de 3,17%, encerrando o dia a R$ 16,62.
O minério de ferro atingiu o maior valor em quase cinco meses nos mercados futuros asiáticos. Na Bolsa de Dalian, o contrato mais negociado para setembro avançou 2,08%, chegando a 809 iuanes (cerca de US$ 112,74) por tonelada, com pico intradiário em 819 iuanes. Já em Cingapura, o contrato para agosto ganhou 2,81%, sendo negociado a US$ 103,6, com pico de US$ 104,8.
Essa alta foi impulsionada principalmente pelo anúncio da construção de uma mega-hidrelétrica no rio Yarlung Tsangpo, no Tibete. O projeto, considerado o maior do mundo em geração de energia desse tipo, deve aumentar bastante a demanda por aço, um dos principais produtos das siderúrgicas. Segundo especialistas, materiais como minério de ferro e vergalhões estão reagindo de modo positivo a essa notícia.
Além disso, a China está promovendo uma rodada de estímulos para seu setor industrial, que inclui a eliminação de capacidade produtiva obsoleta em vários setores, com ênfase no aço. Essas medidas estão favorecendo empresas como a Vale e a CSN, mesmo com algumas revisões negativas de bancos em relação aos papéis dessas companhias.
Portanto, o cenário externo com o minério de ferro em alta e a perspectiva de aumento na demanda por aço vêm impulsionando o desempenho das ações do setor no Brasil, mesmo com recomendações mais cautelosas de alguns analistas.