Apagão Enel São Paulo chamou atenção para falhas graves no plano de contingência da distribuidora durante tempestade em outubro de 2024. O relatório da CGU evidencia subdimensionamento da crise e mobilização insuficiente de equipes, afetando mais de 1 milhão de clientes. O que isso significa para a gestão de crises e a regulação do setor?
Falhas no plano de contingência da Enel em evento climático extremo
Em 11 de outubro de 2024, uma forte tempestade atingiu São Paulo, causando apagão para mais de 1,1 milhão de clientes da Enel. A empresa tinha um plano de contingência para emergências, mas não cumpriu todas as medidas previstas.
Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), a Enel não mobilizou o número mínimo de equipes exigido no plano. Para uma crise classificada como “Nível Extremo”, era necessário acionar ao menos 1.266 equipes, mas apenas 560 foram disponibilizadas inicialmente.
A empresa também errou na classificação do evento. Apesar da tempestade ser de grande impacto, a crise foi classificada só como “Estado de Crise”, e não “Estado de Crise em Nível Extremo”. Esse erro pode ter causado atraso na resposta para restaurar a energia.
A CGU recomenda que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) crie um processo de fiscalização mais rigoroso para situações de emergência. Além disso, destaca a necessidade de melhorar a regulação para acompanhar o aumento de eventos climáticos extremos.
Essa falha da Enel mostra que, mesmo com planos prontos, a execução é fundamental para garantir a segurança e o atendimento à população. É essencial que as empresas sigam corretamente as orientações para evitar prejuízos maiores em casos de crises.