Mudança Coca-Cola açúcar de cana nos Estados Unidos envolve desafios altos e pode afetar significativamente os agricultores locais e a indústria de bebidas no país.
Desafios e custos da mudança para açúcar de cana e impacto na agricultura dos EUA
A substituição do xarope de milho pelo açúcar de cana na Coca-Cola nos EUA traria diversos desafios. O xarope de milho com alto teor de frutose (HFCS) é muito mais barato que o açúcar de cana. Usar açúcar de cana aumentaria os custos em mais de US$ 1 bilhão para a empresa, segundo analistas.
Além do preço maior, essa mudança dificultaria a cadeia de suprimentos. O xarope de milho é produzido principalmente no cinturão agrícola do Meio-Oeste, onde grandes produtores como Archer-Daniels-Midland moem milho para fazer adoçantes. Já o açúcar de cana precisa ser importado em grande parte, pois a produção local não supre a demanda dos EUA.
Uma redução no uso do xarope de milho impactaria negativamente os agricultores de milho americanos. Estima-se uma perda de receita agrícola de US$ 5,1 bilhões, afetando empregos e comunidades rurais em todo o país. Isso porque cerca de 400 milhões de bushels de milho são usados anualmente para fazer HFCS.
Embora o Brasil seja o maior produtor mundial de açúcar de cana, tarifas altas impostas pelo governo Trump dificultam a importação. Isso poderia aumentar ainda mais os preços do açúcar nos EUA e causar um déficit na oferta local.
A questão envolve fatores econômicos e sociais, além de mudanças na rotulagem e fórmulas dos produtos. Portanto, essa transição representa um impacto grande e complexo para a indústria norte-americana de alimentos e bebidas.