O governo dos Estados Unidos anunciou intenções de aplicar uma tarifa de até 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Segundo o Ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, essa medida tem como principal motivação o receio americano em relação ao avanço do Brasil na regulação das big techs.
As “big techs” são as grandes empresas de tecnologia, como Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft. Esses negócios têm enorme influência global, e os EUA as usam como uma ferramenta para exercer poder econômico e político.
Messias destaca que, para os EUA, a possível aprovação de leis brasileiras que limitem o poder dessas companhias representa uma ameaça direta. A tarifa, nesse contexto, funciona como um instrumento de pressão para frear o progresso regulatório do Brasil.
Além da questão política, essa tarifa impacta diretamente o comércio bilateral. A taxação alta pode encarecer produtos brasileiros nos EUA, afetando setores como o agronegócio e a indústria. Isso preocupa autoridades brasileiras, que buscam evitar uma escalada de tensões.
Por fim, o cenário evidencia como a tecnologia e a política se entrelaçam nas relações internacionais. A discussão sobre a regulação das big techs ganha um peso econômico significativo, evidenciado por medidas tarifárias como essa.