O payroll dos EUA registrou a criação de 139 mil empregos em maio, superando as projeções de analistas, que esperavam 125 mil novas vagas. O dado, divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Departamento do Trabalho, reforça a resiliência do mercado de trabalho norte-americano mesmo diante do cenário de juros elevados.
Desemprego segue estável e revisões mostram ajustes no primeiro trimestre
A taxa de desemprego nos EUA se manteve em 4,2%, com o total de desempregados fixado em 7,2 milhões. Os dados anteriores foram revisados: abril passou de 175 mil para 147 mil vagas, e março foi corrigido de 185 mil para 120 mil.
As taxas de participação da força de trabalho e de emprego sobre a população também permaneceram relativamente estáveis, em 62,4% e 59,7%, respectivamente.
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Salários crescem e mostram pressão contínua no mercado
O salário médio por hora nos EUA alcançou US$ 36,24, com alta de 0,4% na comparação mensal e 3,9% no acumulado de 12 meses. O aumento dos rendimentos indica que a inflação de serviços pode continuar pressionada, fator relevante para as próximas decisões de política monetária do Federal Reserve.
Outros dados reforçam sinais de desaceleração do emprego
Apesar da surpresa positiva do payroll, outros indicadores divulgados na semana sugerem um mercado de trabalho menos dinâmico. O Relatório ADP, por exemplo, apontou 37 mil vagas criadas no setor privado, bem abaixo das 144 mil esperadas — o pior resultado desde março de 2023.
Já o JOLTS, levantamento que mostra o número de vagas em aberto, revelou crescimento para 7,4 milhões de postos em abril, número ainda considerado elevado, mas que não mostra aceleração relevante na contratação.
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Expectativas para os juros dos EUA e os próximos passos do Fed
Com um mercado de trabalho que desacelera lentamente e salários ainda em alta, o relatório reforça a cautela do Federal Reserve (Fed). A próxima reunião da autoridade monetária acontece na Super Quarta, e os dados do payroll devem pesar nas discussões sobre o ritmo de cortes nos juros.