A atividade econômica da Argentina deu mais um sinal positivo ao registrar um crescimento de 5,7% em fevereiro de 2025, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Com isso, o país acumula quatro meses consecutivos de crescimento anualizado, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (22) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
Mesmo após um período turbulento marcado por medidas de austeridade fiscal implementadas pelo governo do presidente Javier Milei, a atividade econômica da Argentina tem demonstrado resiliência, com expansão mensal constante desde outubro do ano passado.
Crescimento acima do esperado anima economistas
A leitura de fevereiro superou as expectativas do mercado. Economistas consultados pela Reuters projetavam um avanço de 5,1% na atividade econômica da Argentina, mas o resultado oficial veio acima disso, consolidando um ambiente mais otimista.
Embora tenha desacelerado frente ao crescimento revisado de 6,7% registrado em janeiro, o desempenho de fevereiro consolida uma trajetória de retomada, especialmente relevante após a recessão vivida nos trimestres anteriores.
Na comparação mensal, a atividade econômica da Argentina cresceu 0,8% frente a janeiro, marcando o quinto avanço consecutivo nessa base de comparação e superando o crescimento mensal revisado anterior, de 0,6%.
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Setores que impulsionaram o crescimento da atividade econômica da Argentina
Dos setores acompanhados pelo Indec, 11 apresentaram expansão anual em fevereiro. Os destaques ficaram com:
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Serviços financeiros: alta expressiva de 30,2%, sendo o maior destaque do período;
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Pesca: avanço de 28,3%, impulsionado por maior volume de exportações e demanda internacional;
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Atacado e varejo: crescimento de 7,4%, reflexo da melhora gradual no consumo interno;
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Indústria: aumento de 5,0%, mesmo em meio a desafios de competitividade.
Esses dados mostram que a atividade econômica da Argentina está sendo impulsionada por setores-chave que indicam uma recuperação mais estrutural e diversificada.
O impacto das reformas de Milei na atividade econômica da Argentina
A melhora na atividade econômica da Argentina ocorre mesmo diante de um forte programa de ajuste fiscal e desregulamentações propostas pelo presidente Javier Milei. Desde o início de seu mandato, o governo tem adotado medidas rigorosas para estabilizar a macroeconomia, reduzir o déficit e conter a inflação.
Embora essas reformas tenham sido inicialmente criticadas por setores da sociedade, os efeitos recentes sugerem que parte do impacto recessivo esperado foi mitigado. O governo também tem conseguido manter alguma estabilidade cambial, o que tem ajudado a conter a volatilidade dos preços e melhorar o ambiente de negócios.
Expectativas futuras para a atividade econômica da Argentina
Analistas apontam que a atividade econômica da Argentina pode continuar em trajetória positiva ao longo de 2025, especialmente se o governo mantiver políticas fiscais responsáveis, aliadas a algum alívio monetário.
Outro fator que pode colaborar é a possibilidade de abertura de linhas de crédito internacionais. Recentemente, o governo dos EUA sinalizou apoio à Argentina em possíveis negociações com o FMI, o que pode aumentar a confiança dos investidores estrangeiros.
No entanto, os desafios permanecem. A inflação ainda está elevada, o desemprego segue em níveis desconfortáveis, e o consumo das famílias, embora em recuperação, ainda é frágil. Uma eventual recessão global, ou deterioração das condições externas, também poderia impactar negativamente a atividade econômica da Argentina nos próximos meses.
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Indicadores econômicos da Argentina – fevereiro de 2025
| Indicador | Resultado |
|---|---|
| Crescimento da atividade econômica | +5,7% a/a |
| Crescimento mensal (vs. jan/25) | +0,8% |
| Serviços financeiros | +30,2% a/a |
| Pesca | +28,3% a/a |
| Comércio (atacado e varejo) | +7,4% a/a |
| Indústria | +5,0% a/a |
| Previsão dos analistas (Reuters) | +5,1% a/a |
| Crescimento janeiro (revisado) | +6,7% a/a |
Atividade econômica da Argentina surpreende
A atividade econômica da Argentina surpreendeu positivamente em fevereiro, com crescimento acima do esperado e manutenção de uma trajetória consistente de recuperação. Setores como serviços financeiros, pesca e varejo foram os grandes destaques do mês, sinalizando que a retomada econômica pode estar ganhando corpo.
No entanto, o cenário ainda exige cautela. A sustentabilidade dessa recuperação dependerá do avanço das reformas, da estabilidade institucional e da resposta da economia global às tensões comerciais entre EUA e China.
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