A gigante da tecnologia Apple voltou a ocupar o primeiro lugar no ranking global de vendas de smartphones no primeiro trimestre de 2025, e com isso, Apple dispara na Bolsa, em meio a uma recuperação estratégica de mercado. O feito foi impulsionado pelo sucesso do iPhone 16e e por uma forte demanda em mercados emergentes, especialmente no Japão e na Índia, conforme dados da Counterpoint Research divulgados nesta segunda-feira (14).
Apple dispara na Bolsa com 19% do mercado global
Com 19% de participação nas vendas globais, a Apple superou a Samsung, que ficou com 18% de market share. As vendas mundiais de smartphones cresceram 1,5% entre janeiro e março, consolidando uma retomada após períodos de incerteza no setor.
Logo atrás da Apple e Samsung estão as chinesas Xiaomi, Vivo e OPPO, completando o top 5 global. Enquanto a Apple vê crescimento sólido em mercados estratégicos, como Índia, onde intensificou suas operações industriais, o mercado chinês tem mostrado sinais de desaquecimento devido à competição acirrada com fabricantes locais como a Huawei.
Além da liderança em market share, Apple dispara na Bolsa por conta de projeções otimistas dos analistas, que veem potencial de valorização com a reorganização da cadeia de produção da empresa e a melhora na logística global.
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Apple dispara na Bolsa em meio às tarifas recíprocas de Trump
Apesar da boa notícia sobre as vendas, o caminho não tem sido livre de obstáculos. A Apple tem enfrentado riscos relacionados às tarifas recíprocas dos EUA contra a China, intensificadas pelo retorno de Donald Trump à presidência. Inicialmente, as tarifas ameaçavam diretamente a empresa, já que boa parte da sua produção ocorre na China. Estimativas chegaram a indicar uma perda de US$ 250 bilhões em valor de mercado para a companhia logo após os primeiros anúncios de Trump.
Entretanto, a Apple dispara na Bolsa após uma decisão surpreendente na última sexta-feira (11), quando o governo dos EUA anunciou a isenção temporária de tarifas sobre eletrônicos, como smartphones e chips. A medida aliviou o mercado e provocou reação imediata nas ações da empresa, que subiram 2,21%, encerrando o pregão a US$ 202,52 na Nasdaq.
Analistas apontam que a Apple dispara na Bolsa em resposta à maior previsibilidade nas relações comerciais, mesmo que temporária. Essa estabilidade permite que investidores recuperem a confiança no papel.
Manobras da Apple diante da guerra comercial
Para minimizar os impactos das tarifas, a Apple adotou ações logísticas agressivas. Segundo a Reuters, a empresa fretou aviões para transportar cerca de 600 toneladas de iPhones da Índia para os EUA, o que equivale a aproximadamente 1,5 milhão de unidades.
A decisão reflete a crescente importância da Índia na cadeia de produção da Apple, que busca reduzir sua dependência da China em meio a um cenário geopolítico cada vez mais volátil. Ainda assim, analistas destacam que, apesar do alívio momentâneo, a situação permanece incerta e pode afetar não apenas a Apple, mas todo o setor de tecnologia.
A Counterpoint Research também alerta que o mercado global de smartphones deve enfrentar desaceleração nos próximos trimestres, por conta da volatilidade e das incertezas geradas pela guerra comercial EUA x China.
Apple dispara na Bolsa, mas cenário ainda exige cautela
Mesmo com a recente alta nas ações, a palavra de ordem entre investidores é cautela. O histórico de volatilidade recente com as declarações de Trump e a forte exposição da Apple à China tornam o cenário ainda imprevisível.
Contudo, ao menos por ora, os números do 1T25 e a reação positiva no mercado mostram que a Apple dispara na Bolsa com justificativas concretas. O sucesso do iPhone 16e e a estratégia de diversificação da produção são sinais de que a empresa está buscando resiliência em tempos turbulentos.
Especialistas também ressaltam que a Apple ter disparado na Bolsa não foi apenas por fundamentos momentâneos, mas também pela confiança dos investidores na capacidade de inovação e de adaptação da companhia em meio a crises internacionais.
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O que esperar das ações da Apple no curto e médio prazo
Com os resultados do 1T25 superando expectativas e a suspensão temporária das tarifas, o mercado agora acompanha de perto os próximos passos da Apple. Se a isenção tarifária for mantida e os resultados seguirem consistentes, há espaço para mais valorização.
No entanto, analistas recomendam atenção aos desdobramentos políticos nos EUA e nas relações com a China. O histórico recente mostra que declarações podem mudar rumos do mercado em poucos dias. Mesmo assim, muitos investidores enxergam na Apple uma oportunidade de longo prazo — e por isso, mesmo em um cenário incerto, Apple dispara na Bolsa, isso é reflexo da sua solidez operacional e capacidade de adaptação.