Dólar hoje sobe a R$ 5,92 após oscilar com fake news sobre pausa de tarifas

Dólar hoje dispara para R$ 5,92 após boato sobre suspensão de tarifas ser desmentido; mercado teme recessão global.
dólar hoje

O dólar hoje opera em forte alta frente ao real nesta segunda-feira (7), refletindo a tensão nos mercados globais após rumores — já desmentidos — de uma possível pausa de 90 dias nas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A cotação da moeda americana chegou a subir mais de 1,5%, acompanhando o movimento de valorização no exterior e renovando os temores de uma recessão global em meio à comercial.

Qual é a cotação do dólar hoje?

Às 12h29, o dólar hoje era cotado a R$ 5,927 na compra e R$ 5,928 na venda, com alta de 1,58%. Na B3, o dólar futuro para maio avançava 1,09%, negociado a 5.947 pontos. O avanço do dólar reflete o cenário global de aversão a risco após a escalada tarifária liderada pelo governo Trump.

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O movimento ocorre após um fim de semana conturbado, em que a CNBC publicou que o presidente americano, Donald , considerava suspender as tarifas por 90 dias — uma informação que foi prontamente desmentida pela Casa Branca. O impacto foi imediato: o dólar hoje chegou a zerar os ganhos, mas logo retomou a tendência de alta com o desmentido.

Rumores e tensões comerciais

A volatilidade do dólar hoje tem sido impulsionada por sinais contraditórios vindos de Washington. A suposta pausa de 90 dias nas tarifas, atribuída ao assessor Kevin Hassett, chegou a ser vista como um aceno de flexibilização na guerra comercial. No entanto, o governo americano negou qualquer intenção de suspender as tarifas, classificando a informação como “fake news”.

O investidor bilionário Bill Ackman chegou a defender uma pausa nas tarifas, alertando para um possível “inverno nuclear econômico”. Ainda assim, o presidente Trump reafirmou sua posição, dizendo que as tarifas são essenciais para reequilibrar as contas comerciais do país.

Reação global e medidas da China

Enquanto o dólar hoje subia, outros mercados também reagiam negativamente. A China anunciou tarifas de 34% sobre todas as importações dos EUA, prometendo medidas adicionais para proteger sua economia. O Banco Central Chinês estuda cortar juros e o governo sinalizou apoio contínuo a , inclusive americanas, que operam no país.

Mais de 50 países já solicitaram negociações com os , buscando escapar do novo pacote tarifário global imposto por Trump. As tarifas, de 10% para a maioria dos países (inclusive o Brasil), entraram em vigor no sábado (5). A partir de quarta-feira (9), entram em vigor as tarifas específicas à China.

Impacto no mercado brasileiro

No Brasil, o dólar hoje reage com forte volatilidade, refletindo também os preços do petróleo e do , que recuam acentuadamente. Apesar das tarifas de 10% sobre o Brasil serem vistas como relativamente brandas, os temores sobre uma desaceleração na China e uma possível recessão global pressionam o real.

O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, alertou que as tarifas devem pressionar a e encarecer produtos nos EUA, o que pode ter efeitos colaterais sobre economias emergentes como a brasileira. Ele afirmou que o impacto exato sobre a atividade econômica ainda é incerto, mas que o crescimento certamente será afetado.

Boletim Focus e perspectivas econômicas

No boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, a mediana da expectativa de inflação suavizada para os próximos 12 meses caiu de 5,15% para 5,07%, refletindo algum alívio nas projeções, apesar da tensão nos mercados. A queda da projeção é a oitava consecutiva, sugerindo que o Banco Central pode ter espaço para manter a em compasso de espera.

O dólar hoje, no entanto, segue como o principal termômetro da percepção de risco dos investidores. Enquanto a não der sinais concretos de arrefecimento, a expectativa é de que a moeda americana siga pressionada contra o real e outras moedas emergentes.

Conclusão

Com a cotação do dólar hoje perto dos R$ 6, o cenário é de cautela nos mercados. A ausência de clareza sobre os próximos passos do governo americano em relação às tarifas comerciais gera um ambiente de incerteza, alimentando o temor de uma recessão global. Para os investidores, a recomendação é redobrar a atenção aos desdobramentos políticos e econômicos, especialmente nos Estados Unidos e na China.

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