O setor de artigos esportivos manteve um crescimento médio de 7% ao ano entre 2021 e 2024. No entanto, as projeções indicam uma desaceleração para 6% entre 2024 e 2029, segundo o relatório Sporting Goods 2025 da McKinsey & Company. A inflação persistente, a cautela dos consumidores e as tensões geopolíticas são fatores que podem impactar diretamente esse setor.
O Brasil, um dos maiores mercados consumidores da América Latina, reflete essa tendência global. Empresas listadas na B3, como Centauro (CNTO3), Vulcabras (VULC3) e Track&Field (TFCO4), precisam se adaptar às novas dinâmicas de mercado para manter sua competitividade.
Segundo relatório do BTG Pactual, o impacto do setor de artigos esportivos no varejo apresenta desafios como margens pressionadas pelo aumento dos custos operacionais e uma necessidade crescente de digitalização para melhorar a experiência do cliente. As empresas que conseguirem equilibrar inovação, eficiência e um posicionamento forte de marca estarão mais bem posicionadas para o futuro.
Crescimento do mercado global de roupas esportivas (US$ bilhões)
| Ano | Crescimento (%) |
|---|---|
| 2021-2024 | 7% |
| 2024-2029 | 6% (projeção) |
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Oportunidades no setor de artigos esportivos
Apesar do cenário desafiador, há oportunidades significativas para as empresas do setor. Uma das tendências mais promissoras é o aumento da prática esportiva entre os consumidores. Segundo a McKinsey, um terço dos adultos ativos pratica atividades físicas com mais frequência do que há um ano. Esse comportamento gera maior demanda por produtos esportivos de qualidade e impulsiona as vendas.
Atitudes dos consumidores ativos em relação à atividade física
| Categoria | Percentual (%) |
| Adultos inativos (2022) | 31% |
| Projeção para 2030 | 35% |
| Adultos ativos | 33% |
Além disso, as marcas que conseguem conectar seus produtos a um estilo de vida têm mais sucesso. A Track&Field, por exemplo, investe fortemente em eventos esportivos e na personalização da experiência do cliente, garantindo um público fiel. Já a Vulcabras foca na diferenciação de produtos, investindo em inovação tecnológica para criar calçados mais eficientes e ergonômicos.
Desafios e riscos no do setor
A inflação continua sendo um fator de risco para a rentabilidade das empresas do setor. O aumento dos custos de produção e a pressão sobre preços dificultam a manutenção de margens saudáveis. Empresas na B3 precisam investir em eficiência operacional e inovação para superar esses desafios.
Outro ponto levantado pelo BTG Pactual é a competição crescente de marcas estrangeiras menores, que entram no mercado brasileiro apostando em marketing digital, engajamento com influenciadores e modelos de venda direta ao consumidor (DTC). Essa nova dinâmica pode reduzir o market share das gigantes do setor se elas não adaptarem suas estratégias.
A ascensão das marcas desafiantes do setor de artigos esportivos
O mercado esportivo tem visto a ascensão de marcas desafiantes que ameaçam gigantes tradicionais como Nike e Adidas. Empresas menores focadas em nichos específicos, como a On Running (especializada em corrida) e a Hoka (voltada para desempenho), vêm crescendo rapidamente. Essas marcas adotam estratégias inovadoras, como marketing digital, engajamento comunitário e venda direta ao consumidor (DTC), reduzindo custos e aumentando a proximidade com seus clientes.
Evolução da participação no mercado de roupas esportivas
| Marca | Participação em 2019 (%) | Participação em 2024 (%) |
| Nike & Adidas | 70% | 60% |
| Marcas novas | 30% | 40% |
No Brasil, essa tendência pode impactar as grandes varejistas listadas na B3, que precisam repensar seus modelos de negócios para não perderem participação de mercado.
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Transformando desafios em oportunidades
O setor de artigos esportivos está em constante evolução. Empresas que conseguirem integrar experiências digitais e físicas, criar estratégias de marketing personalizadas e inovar em sustentabilidade terão maiores chances de sucesso.
A Track&Field, por exemplo, se diferencia ao oferecer uma experiência premium aos consumidores, conectando produtos esportivos a eventos exclusivos. Já a Centauro aposta na digitalização do varejo, combinando lojas físicas e e-commerce para melhorar a jornada de compra.
Empresas da B3 impactadas pelo setor esportivo
| Empresa | Ticker | Segmento | Desempenho esperado |
| Centauro | CNTO3 | Varejo esportivo | Ajuste estratégico para experiência do consumidor |
| Vulcabras | VULC3 | Calçados esportivos | Expansão de portfólio e inovação |
| Track&Field | TFCO4 | Moda esportiva | Crescimento impulsionado por branding e lifestyle |
Segundo o BTG Pactual, a Centauro tem desafios na digitalização e precisa aprimorar sua estratégia omnichannel para não perder competitividade. Já a Vulcabras aposta na inovação tecnológica para se destacar, enquanto a Track&Field usa sua forte identidade de marca para fidelizar clientes.
Para as empresas da B3, adaptar-se a essas tendências será essencial para manter sua relevância e competitividade do setor de artigos esportivos.
