Entre Altas e Baixas notícias sobre ações, Investimentos e Mercado economia
Pesquisar
Close this search box.
Correção do mercado de crédito privado leva fundos a sofrerem resgates de R$ 40 bilhões

Correção do mercado de crédito privado leva fundos a sofrerem resgates de R$ 40 bilhões

A correção do mercado de crédito privado impactou diretamente os fundos do setor, que registraram resgates de R$ 40 bilhões desde novembro. A saída de investidores foi impulsionada por uma reprecificação dos ativos, motivada pelo aumento dos riscos e pela perspectiva de juros elevados
correção do mercado de crédito privado

O mercado de crédito privado enfrenta um período turbulento, marcado por resgates expressivos nos fundos de investimento, totalizando R$ 40,6 bilhões desde novembro. Essa saída de capital ocorre em meio a uma reprecificação dos ativos, causada pelo aumento da percepção de risco e pela expectativa de juros elevados no curto prazo.

Os fundos com alocação mínima de 50% em crédito privado foram os mais impactados, sofrendo um movimento contrário ao observado ao longo de 2024, quando captaram mais de R$ 250 bilhões.

Especialistas do setor apontam que a correção do mercado de crédito privado foi impulsionada pelo pacote fiscal do governo, que resultou na alta do dólar e na desvalorização dos títulos de crédito, além da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic elevada.


Correção do mercado de crédito privado e impacto nos fundos

O cenário começou a se deteriorar em novembro, quando os investidores passaram a reavaliar os riscos do mercado de crédito. O impacto foi intensificado em dezembro, com a expectativa de uma Selic a 15%, o que aumentou os custos das empresas e reduziu o apetite por ativos de crédito.

Os resgates se distribuíram da seguinte forma nos últimos meses:

  • Janeiro de 2025: R$ 19,4 bilhões
  • Dezembro de 2024: R$ 11,5 bilhões
  • Novembro de 2024: R$ 9,7 bilhões

A forte saída de recursos se deu pelo aumento dos spreads de crédito, ou seja, a diferença entre as taxas oferecidas pelos títulos privados e os juros básicos da economia. Empresas AAA viram seus spreads subirem de 1% para 1,3%, enquanto títulos de maior risco passaram de CDI +3% para CDI +7%.

💸 Quer viver de dividendos? Descubra as ações que podem garantir sua renda passiva em 2025!


O que motivou a correção do mercado de crédito privado?

A correção do mercado de crédito privado ocorreu devido a uma combinação de fatores, incluindo:

  1. Alta do dólar: A moeda americana atingiu R$ 6, impactando o custo da dívida das empresas.
  2. Perspectiva de juros altos: A expectativa de Selic a 15% elevou os custos financeiros das companhias.
  3. Abertura dos spreads de crédito: Com a maior percepção de risco, as taxas dos títulos de crédito subiram significativamente.
  4. Restrições fiscais do governo: As incertezas econômicas aumentaram a avaliação negativa do mercado sobre o risco Brasil.

Esses fatores levaram os investidores a migrarem para ativos mais seguros, como títulos públicos e crédito bancário com garantia do FGC.


Setores mais impactados pela correção do mercado de crédito privado

Os segmentos mais afetados pela correção foram aqueles sensíveis ao ciclo econômico e à taxa de juros, como:

  • Saúde (Dasa, Oncoclínicas)
  • Locação de veículos (Movida, Localiza)
  • Varejo alimentar (grandes redes de supermercados)

Essas empresas enfrentaram desvalorizações expressivas em seus títulos, mesmo sem eventos de crédito que justificassem as quedas.

Odilon Costa, estrategista da Solutions Wealth Management, explica que, embora não tenha havido calotes, a reprecificação dos ativos penalizou os investidores que mantinham posições nesses papéis.


Gestores reagem com aumento de caixa e redução de exposição

Com a correção do mercado de crédito privado, fundos aumentaram suas posições em caixa, evitando novos impactos da marcação a mercado. Muitos gestores passaram a operar com até 25% do portfólio em liquidez, contra uma média histórica de 15%.

Segundo Marcelo Peixoto, da Trígono Capital, a decisão visa reduzir riscos e garantir liquidez para honrar resgates, já que os investidores seguem cautelosos com o crédito privado.

⚠️ Se você não entender os balanços das empresas, estará operando no escuro! Baixe agora!


Perspectivas para o mercado de crédito privado em 2025

Para 2025, espera-se uma redução no volume de emissões de crédito privado, pois:

  • Empresas já aproveitaram 2024 para refinanciar suas dívidas.
  • Os gestores estão mais seletivos e exigindo prêmios maiores para novos investimentos.
  • A taxa de juros elevada dificulta a captação de recursos para empresas mais alavancadas.

O volume de emissões caiu 64% de dezembro para janeiro, segundo dados do Bradesco BBI, indicando que o apetite por novas ofertas diminuiu consideravelmente.


Crédito para infraestrutura segue resiliente

Apesar do impacto na maior parte do mercado, os títulos de infraestrutura continuam sendo oásis para investidores, devido à isenção de imposto de renda.

A previsão é de 110 leilões de concessão e privatizações em 2025, movimentando cerca de R$ 250 bilhões em investimentos, o que pode manter a demanda por debêntures incentivadas aquecida.


Correção do mercado de crédito privado exige cautela, mas abre oportunidades

A correção do mercado de crédito privado resultou em resgates bilionários e aumento da volatilidade no setor. No entanto, especialistas acreditam que esse movimento pode abrir boas oportunidades para investidores com perfil de longo prazo, que buscam ativos de alta qualidade a preços descontados.

O cenário para 2025 ainda é desafiador, mas fundos bem posicionados, com liquidez e exposição controlada a ativos de risco, podem se beneficiar dessa reprecificação do mercado.

Compartilhe

Curso gratuito de milhas
Curso gratuito de milhas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Destaques do Dia

PIB dos EUA

Queda do PIB dos EUA indica recessão mais forte que o previsto

amazon

Amazon elege Brasil como prioridade global para novos investimentos em 2025

Petrobras

Petrobras (PETR4): Veja como ficam o caixa e os dividendos com o petróleo de volta a US$ 65

IPCA-15 de Junho 2025

IPCA-15 de Junho 2025 sobe 0,26% e acumula alta de 5,27% no ano

derrota do IOF

Haddad cogita taxar dividendos e fazer cortes em programas sociais após derrota do IOF

BlackRock anuncia novos ETFs

BlackRock anuncia novos ETFs, entenda o impacto para investidores

Nasdaq

Nasdaq nas alturas: Por que a bolsa de tecnologia está nas máximas históricas?

governo mira taxação dos mais ricos

Pressionado, governo mira taxação dos mais ricos e fim da escala 6×1 para tentar recuperar apoio

Destaques da quinta-feira - 26/06/2025

JBS retoma M&A, Nvidia bate recorde e Méliuz reduz participação: os destaques desta quinta-feira (26)

expectativas de inflação no Reino Unido

Expectativas de inflação no Reino Unido disparam para 4,3% e preocupam o mercado Resumo

lula critica empresários

Lula diz estar ‘cansado’ de ouvir empresários reclamando de impostos

Javier Milei

Veja como Javier Milei tirou a Argentina do buraco em menos de 2 anos de mandato

FII TRXF11

FII TRXF11 compra imóvel locado ao Assaí por R$ 47 milhões

debêntures da Petrobras

Petrobras (PETR4) emite R$ 3 bilhões em debêntures, com taxas que pagam menos que os títulos públicos

preço do combustível

Governo aprova mistura do etanol na gasolina de 27% para 30% e projeta queda no preço do combustível

Destaques da quinta-feira - 26/06/2025

JBS levanta US$ 3,5 bi, PRIO emite debêntures e Totvs avança em M&A: os destaques desta Quarta-feira (25)

confiança do consumidor dos EUA

Confiança do consumidor dos EUA enfraquece com receios no mercado de trabalho

êxodo de milionários no Brasil

Êxodo de milionários no Brasil em 2025 será o 6º maior do mundo; projeta consultoria

cessar‑fogo entre Israel e Irã

Irã anuncia fim da guerra; veja os impactos na economia mundial

ações da CVC

Ações da CVC (CVCB3) disparam até 10% nesta terça-feira (24); o que está por trás da forte alta?

Petrobras pode anunciar parceria em etanol

Petrobras (PETR4) pode anunciar parceria em etanol até o fim do ano, diz gerente-executivo

impostos para empresas em debêntures incentivadas

O aumento silencioso de impostos para empresas em debêntures incentivadas

Destaques da quinta-feira - 26/06/2025

PRIO, JBS e Totvs: veja os destaques que impactam o mercado nesta terça-feira (24)

irã

O Irã, o petróleo e o Estreito de Ormuz

petróleo cai

Por que o petróleo cai mesmo após ataque do Irã contra bases dos EUA?

Prio prevê dobrar a produção

Prio (PRIO3) prevê dobrar a produção até o ano que vem, diz CEO

ataque do Irã às bases americanas

Três misseis iranianos caem em base dos EUA no Catar

Destaques da quinta-feira - 26/06/2025

Dividendos da Rede D’Or, giro de investidores no varejo e conferência europeia: saiba o que move o mercado nesta segunda (23)

EUA atacam usinas nucleares do Irã

EUA atacam usinas nucleares do Irã, Israel entra em alerta

juros elevados

O brasileiro vende o almoço para comprar o jantar

Material Gratuito

Saída Fiscal do Brasil

Saiba as vantagens e os riscos de dar a saída fiscal do Brasil e entenda por que muito brasileiros estão seguindo este rumo.

Carteira Criptoativos - Junho/25

Carteira Criptoativos é um portfólio otimizado que incorpora rebalanceamentos realizados periodicamente pela equipe de especialistas em ativos digitais do BTG Pactual.

Alavancagem Patrimonial com Consórcio

Descubra como usar o consórcio para construir patrimônio com estratégia — sem juros, sem pressa, com total controle.

FUNDOS IMOBILIÁRIOS (FIIs) JUNHO 2025 - CARTEIRA RECOMENDADA

Descubra as melhores oportunidades de investimento em FII, com análises profundas e recomendações exclusivas

Carteira recomendada de Ações 10SIM | Junho

Obtenha acesso exclusivo às 10 principais recomendações de ações para 2025, selecionadas pelos analistas experientes do BTG Pactual.

SMALL CAPS JUNHO 2025 - CARTEIRA RECOMENDADA

A Carteira de Ações Small Caps que transformou R$ 25.000,00 em mais de 1 Milhão nos últimos 10 anos. Não perca essa chance, baixe agora e começe a lucrar!

Cotações de Ações