As American Depositary Receipts (ADRs) do Itaú (ITUB4) registraram queda no pré-market da Bolsa de Nova York, nesta quinta-feira (6), após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024. Por volta das 8h (horário de Brasília), as ADRs operavam em baixa de 1,85%, negociadas a US$ 5,82, chegando a recuar mais de 3% em momentos anteriores.
Os números divulgados pelo banco na noite de quarta-feira (5) indicam um lucro recorrente gerencial de R$ 10,9 bilhões no 4T24, alta de 15,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2024, o lucro foi de R$ 41 bilhões, um crescimento de 18% sobre 2023.
Crescimento impulsionado pela carteira de crédito
De acordo com o Itaú, o avanço do lucro foi resultado do crescimento de 15,5% na carteira de crédito expandida, que também impactou positivamente a margem de clientes, elevando-a em 7,1%. Esse desempenho reflete um cenário de maior demanda por crédito, impulsionado por um ambiente macroeconômico mais estável e pela recuperação da atividade econômica.
Entretanto, apesar do crescimento, a margem financeira líquida (NIM) registrou uma queda de 20 pontos-base (bps) no Brasil, o que, segundo relatório do JP Morgan, impactou a leitura do mercado sobre os resultados. O banco atribuiu esse movimento à sazonalidade, citando fatores como aumento de compras no cartão de crédito e menor utilização do cheque especial.
Reação do mercado e perspectivas para 2025
Mesmo com os números positivos, o mercado financeiro reagiu de forma negativa ao resultado 4T24 Itaú. Analistas do JP Morgan destacaram que o guidance para 2025 projeta um lucro total de R$ 45 bilhões no ponto médio, valor 2% abaixo das expectativas do banco americano.
Além disso, o Itaú anunciou dividendos de R$ 18 bilhões, abaixo dos R$ 22,7 bilhões esperados pelo mercado. Essa diferença pode ter influenciado a reação dos investidores, que esperavam uma distribuição de lucros mais robusta diante do forte desempenho financeiro do banco.
Resultado 4T24 Itaú: Desafios e oportunidades
Olhando para 2025, o Itaú precisará enfrentar desafios como a pressão sobre margens financeiras e a expectativa de um crescimento econômico moderado no Brasil. Por outro lado, a contínua expansão da carteira de crédito e a digitalização dos serviços bancários podem contribuir para sustentar bons resultados ao longo do ano.
Com a recente reação negativa do mercado, os investidores seguem atentos à execução da estratégia do banco e às revisões das projeções financeiras nos próximos trimestres.
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