A Economia dos EUA cresce 2,8% no terceiro trimestre de 2024 (3T24), desempenho que ficou ligeiramente abaixo da previsão de 3% projetada por analistas. Os dados, divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA, refletem uma desaceleração moderada em relação ao trimestre anterior e ocorrem em meio a um cenário de incertezas políticas e econômicas, poucos dias antes das eleições presidenciais americanas.
O Produto Interno Bruto (PIB) do 3T24 mostrou uma redução no investimento privado e nos investimentos fixos residenciais, fatores que diminuíram o ritmo de crescimento. Por outro lado, o aumento das exportações e o consumo robusto dos americanos ajudaram a sustentar a economia americana, mesmo diante de um contexto desafiador.
Economia dos EUA cresce: Inflação e Consumo
Inflação sob Controle no Terceiro Trimestre
A inflação nos EUA registrou sinais de desaceleração no terceiro trimestre, refletindo os esforços do Federal Reserve em controlar o avanço dos preços. O índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) foi de 2,2%, menor do que os 2,8% do trimestre anterior. O núcleo do PCE, indicador que desconsidera alimentos e energia, caiu para 1,8%, sinalizando que as pressões inflacionárias podem estar diminuindo.
Para Kathy Jones, estrategista-chefe da Charles Schwab, esses números indicam um “pouso suave”, sugerindo que o Fed pode estar conseguindo conter a inflação sem prejudicar significativamente o crescimento econômico. Este dado é crucial para o Federal Reserve, que em setembro cortou as taxas de juros para estimular o mercado de trabalho e a atividade econômica.
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Consumo em Alta e Queda nos Investimentos
O consumo das famílias continuou como um dos principais pilares do crescimento da economia dos EUA no 3T24. Esse aumento foi impulsionado pela confiança dos consumidores e pelos ganhos salariais, mesmo com o alto custo de vida em itens essenciais. Já o setor de investimentos fixos residenciais mostrou retração, refletindo o cuidado dos investidores frente às incertezas econômicas.
O Departamento de Comércio ressaltou que, embora o consumo tenha sustentado parte do crescimento, a redução no estoque privado e a queda nos investimentos impactaram o PIB. Esse cenário trouxe uma moderação no crescimento econômico, equilibrada pelo aumento das exportações americanas.
Perspectivas para o Federal Reserve e a Economia dos EUA
A expansão de 2,8% da economia americana coloca o Federal Reserve em uma posição cautelosa. A desaceleração do índice PCE é positiva para o controle inflacionário, mas o Fed permanece atento aos dados de emprego e a inflação nos EUA, que devem orientar as próximas decisões. Analistas consideram que o Fed pode manter ou ajustar cortes nas taxas de juros para garantir uma estabilidade no crescimento econômico e evitar o sobreaquecimento.
Impacto das Eleições e Percepção Econômica
Com as eleições presidenciais dos EUA cada vez mais próximas, o debate sobre a saúde da economia americana ganhou ainda mais destaque. Uma pesquisa recente da Associated Press e do NORC revelou que muitos americanos ainda têm uma percepção negativa da economia, especialmente devido aos altos preços de alimentos e moradia. Esse cenário coloca tanto o ex-presidente Donald Trump quanto a vice-presidente Kamala Harris em uma disputa acirrada para demonstrar capacidade de gestão econômica.
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A pesquisa também mostrou que os eleitores permanecem divididos sobre qual candidato seria melhor para a economia, o que acentua a incerteza política e pode influenciar o mercado financeiro e as decisões de investimento.
Expectativas para o Mercado de Trabalho e Próximos Passos do Fed
Além dos dados do PIB, o mercado de trabalho dos EUA mostrou força em outubro, com 233.000 novas vagas, superando as expectativas. Mesmo diante de fatores externos, como furacões e greves, o aumento das contratações reforça a solidez da economia americana e alimenta a confiança dos consumidores.
Esses resultados serão acompanhados de perto pelo Federal Reserve, que deve avaliar cuidadosamente os dados de emprego e inflação para decidir sobre possíveis novos cortes nas taxas de juros. A próxima reunião do Fed, marcada para novembro, poderá trazer alterações importantes para o futuro da economia dos EUA.