O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) apresentou uma desaceleração significativa em setembro, registrando alta de apenas 0,18%, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira. O resultado ficou bem abaixo das expectativas do mercado, que projetava um avanço de 0,78% no mês.
Essa desaceleração foi influenciada principalmente pela queda nos preços das commodities, como soja e minério de ferro, que têm grande peso no índice. Em 12 meses, o IGP-10 acumula alta de 4,25%, refletindo um cenário de inflação mais controlada no país.
Impacto das Commodities no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% do IGP-10, registrou alta de 0,14% em setembro, desacelerando em relação ao avanço de 0,84% em agosto. Os principais responsáveis por esse resultado foram o minério de ferro, que intensificou sua queda de -1,68% para -8,41%, e a soja, que passou de -0,26% para -0,99%.
Segundo André Braz, economista do FGV IBRE, “as principais commodities, como soja e minério de ferro, registraram quedas nos preços”, o que contribuiu para a desaceleração do IPA. Essa redução nos preços ao produtor pode indicar um alívio nas pressões inflacionárias vindas do atacado.
Desempenho do Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
Representando 30% do IGP-10, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostrou alta de apenas 0,02% em setembro, após subir 0,33% no mês anterior. Houve decréscimo em seis das oito classes que compõem o índice, com destaque para:
- Transportes: desacelerou de 1,52% para 0,13%, influenciado pela menor variação nos preços dos combustíveis.
- Educação, Leitura e Recreação: passou de alta de 1,88% para queda de -0,10%, refletindo promoções e descontos em serviços recreativos.
Essa estabilidade nos preços ao consumidor indica que a inflação está sob controle, favorecendo o poder de compra da população e contribuindo para um ambiente econômico mais favorável.